Hotelaria deve retomar desempenho positivo em 2017
[Por Mercado e Eventos, 22/03/2017]
De acordo com dados do estudo “Panorama da Hotelaria Sul-Americana 2017”, desenvolvido pela HVS/HotelInvest, após um longo período de redução de performance, o desempenho dos hotéis em 2017 tende a crescer. “A mudança de humor no mercado já é notória e as perspectivas econômicas para o país voltam a ser de gradual crescimento”, afirma Diogo Canteras, sócio da HotelInvest.
Segundo o Boletim Focus de março de 2017 prevê crescimento econômico (0,49%), inflação voltando ao centro da meta (4,36%) e a taxa de juros novamente em um dígito (9,25%), quando considerado o fim do período. A confiança do consumidor e do empresariado voltou a crescer.
“Concretizando-se as expectativas econômicas, o desempenho do setor hoteleiro deve começar a reagir em 2017, principalmente em mercados sem novas aberturas previstas. Porém, os sinais de recuperação ficarão mais evidentes a partir do segundo ou do terceiro trimestre”, disse.
A expectativa é de melhores taxas na ocupação ao longo do ano, já o aumento das tarifas ficará para 2018. Apesar da melhora, a recuperação hoteleira virá em médio prazo. Confira abaixo os principais resultados de desempenho de cada cidade brasileira analisada no Panorama da Hotelaria Sul-Americana e suas perspectivas para 2017:
São Paulo – Em 2016, a variação de diária e de ocupação foi de -5,4% e -3,6%, respectivamente. Por não ter registrado expressiva nova oferta nos últimos anos, será a cidade brasileira com o potencial de recuperação mais rápido, o que abre oportunidade para novos desenvolvimentos em médio prazo.
Rio de Janeiro – Em ano dos Jogos Olímpicos, a capital fluminense registrou variação de diária e de ocupação de 22,3% e -12,8%, respectivamente. O grande desafio começa em 2017, após o término do evento. A oferta hoteleira da cidade cresceu em 10.000 quartos apenas em 2016.
Belo Horizonte – A variação de diária e de ocupação em 2016 foi de -6,7% e -0,3%, respectivamente. Com base de desempenho baixa, a aceleração do ritmo de recuperação depende, além da economia, de investimentos em aumento da atratividade da cidade como destino de lazer e eventos.
Curitiba – A maior queda em RevPAR foi na capital paranaense (15,1%). Recentes aberturas e economia recessiva impactaram o desempenho dos hotéis. A diária caiu 5,5% e a ocupação 10,1%. Para 2017, ao menos três novos hotéis devem abrir. Ocupação e tarifas podem continuar em queda.
Porto Alegre – Ocupação e tarifas oscilaram -2,7% e -1,8%, respectivamente, em 2016. Para o ano vigente, apenas um hotel deve abrir. Sem nova oferta, ritmo de recuperação do mercado dependerá da retomada de crescimento econômico do país e do estado gaúcho.
Salvador – Em 2016, a variação de diária e de ocupação foi de -0,2% e -3,5%, respectivamente. O fechamento de áreas de eventos e as aberturas de novos hotéis limitam o ritmo de recuperação do desempenho hoteleiro na cidade. Para 2017, duas aberturas hoteleiras estão previstas.