Especialistas falam sobre as tendências e o futuro dos eventos
[Por Revista Eventos, 24/03/2014]
O uruguaio Arnaldo Nardone, Presidente da ICCA e ex-presidente da COCAL relatou durante sua palestra alguns números e dados importantes para o setor. Segundo ele, os Estados Unidos lideram o mercado nos últimos 10 anos, e o Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking. Em relação a novas tendências, com sua experiência, pode constatar a diminuição significativa dos grandes eventos, prevalecendo os pequenos. As áreas que mais movimentaram negócios são a medicina, tecnologia e a científica.
O especialista ressaltou ainda a proliferação das reuniões regionais e uma queda no número de dias de realização de congressos e afins, feitos em um pequeno espaço de tempo. “Isto tem a ver com a sustentabilidade e questões financeiras”, disse ele. Em compensação, o aumento dos gastos na América Latina aumentou três vezes, apresentando um grande salto, incluindo aí o Brasil. Buenos Aires, Rio de Janeiro e São Paulo foram as cidades que mais realizaram eventos.
Os principais avanços estão na tecnologia e outras soluções inovadoras, mas que não vão anular o face-to-face. “As reuniões mundiais foram benéficas ao trazer a criação de novos conhecimentos, como por exemplo, os melhores tratamentos para a cura da Aids. Também foram responsáveis em oportunizar novos negócios, valorizando o marketing de destino”, acrescentou Nardoni.
Para Shawna Suckow, fundadora e presidente da Senior Planners Industry Network (SPIN) um dos desafios para os próximos 7 anos será o de atender a todas as gerações, fugindo dos formatos tradicionais de palestras. “Será preciso manter os ouvintes interessados, concentrados em apenas uma coisa. Para isto, vamos tirar o poder do palco e levar para o público, agindo como facilitadores na busca por resultados”, disse ela.
A especialista reforçou ainda a importância da educação. Para tanto a entidade no qual ela representa oferece treinamento para fornecedores sêniors, incluindo a criação de uma biblioteca com assuntos e temas específicos. Para finalizar, reforçou a iniciativa de firmar abril como o mês internacional de reconhecimento do setor de congressos. “O governo do Canadá já faz isto há 18 anos. Seria uma realização incrível, independentemente do país onde estamos”.
David Dubois, presidente da Internacional Association Exhibitions & Events (IAEE) revelou que hoje, nos Estados Unidos, o impacto econômico das feiras e congressos no PIB é de US$ 70 bilhões. Em 2009, 2010 o país saiu da recessão e, a partir disto, vem apresentando crescimento positivo, em especial no primeiro trimestre de 2013. “Nossa esperança é chegar em 2015 com um crescimento de 3% a 5%. Dubois também defende a continuidade da realização de eventos face-to-face, a educação e o treinamento para executivos da área.
Das tendências citadas por ele estão a utilização das redes sociais por pessoas entre 20 e 30 anos, aproveitando as habilidades para a modernização de exibições, congressos e conferências. E ainda, o formato dos trade shows experenciais para jovens, com demandas e oportunidades interativas muito maiores e engajadoras. “Outros desafios serão os orçamentos dos eventos privados e a diminuição dos espaços em grandes pavilhões”.