Por independência financeira, Lummertz defende mudança na natureza jurídica da Embratur
Da Coluna de Paulo Alceu [Notícias do Dia, 18/07/2017]
A mudança na natureza jurídica da Embratur – de autarquia para serviço social autônomo – é a cruzada do catarinense Vinicius Lummertz, presidente da entidade. A questão é simples: financeira. Hoje, a única fonte de recursos é o Orçamento da União. Com uma série de cortes, em 2016, foram recebidos cerca de US$ 17 milhões. Muito aquém de Argentina (US$ 60 mi) e Colômbia (US$ 100 mi), por exemplo. A mudança depende da aprovação de um projeto de lei que está no Congresso.
Lummertz lembra que o Brasil tem o maior potencial de belezas naturais e o oitavo em riqueza cultural entre todos os países do mundo. “No entanto, estamos numa das últimas posições no ranking de países quando se trata de analisar as condições para se investir em turismo”.
A criação do programa Mais Turismo, a abertura do capital das empresas aéreas e um acordo com o SPU (Serviço de Patrimônio da União) para agilizar licenciamentos ambientais e possibilitar investimentos em marinas, como no caso de Florianópolis, são exemplos do que pode alavancar o turismo.
Em defesa do PL que mudará a natureza jurídica da Embratur, Lummertz lembra que a entidade continuará pública, vinculada ao ministério do Turismo e respondendo a conselhos e auditorias. “Mas terá mais autonomia, mais recursos, o que retornará rapidamente em fluxo de turistas e geração de divisas”, completou.