Belo Horizonte recebe pouco turismo de negócios
[Por O Tempo, 03/09/2013]
Ao contrário da fama de cidade de negócios, Belo Horizonte ficou em sexto lugar entre as capitais brasileiras que recebem turistas internacionais para esse fim, segundo pesquisa do Ministério do Turismo. A cidade está atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre e Brasília. O estudo foi divulgado na semana passada pelo órgão.
De acordo com o levantamento, 25,3% dos turistas estrangeiros vêm ao Brasil a negócios e gastam, em média, US$1.599. A capital mineira deixou de ser o destino desses viajantes nos últimos anos e ficou com a fatia de apenas 3,5% do bolo em 2012. Em 2006, o índice chegou a 4,7%, ainda muito pequeno se comparado com os líderes da pesquisa: São Paulo (48,3%, em 2012) e Rio de Janeiro (23,9%, também em 2012).
Para o diretor de novos negócios da Master Turismo, Rodrigo Santos, o principal gargalo do turismo corporativo em BH é a falta de infraestrutura, como centros de convenção e hotéis de médio e grande porte. Mas, as hospedarias estão chegando com a Copa do Mundo, pois, segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, até 2014 serão 36 mil leitos disponíveis e 29 novos empreendimentos.
Para Santos, é preciso também destacar os diferenciais da cidade em relação às demais capitais. “A promoção também faz diferença. BH deve estar na cabeça dos organizadores de eventos. A localização geográfica privilegiada, as atividades extraevento, como o circuito cultural da Praça da Liberdade e museu Inhotim, em Brumadinho, as cidades históricas e a gastronomia devem ser enaltecidas”, afirma.
O turismo de negócios internacionais é diretamente proporcional à vinda de empresas para Minas Gerais. Santos acredita que as ações do governo podem favorecer esse segmento e melhorar o índice de entrada de estrangeiros na cidade nos próximos anos. “O aeroporto industrial, os portos secos, os Arranjos Produtivos Locais (APLs) e a possibilidade de criação de parques tecnológicos estimulam o processo de internacionalização das empresas locais e de entrada de novas companhias no estado”, finaliza.