Desafios para o Brasil em 2014 e 2016
[Por Aquarela 2020, 07/05/2013]
Os desafios que o Brasil enfrenta na realização dos megaeventos esportivos e o papel da comunicação na construção da imagem do país são os temas do seminário “Jornalismo Esportivo, Sociedade e Indústria” que está acontecendo hoje (07) e amanhã em Brasília com apoio da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) e da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). Cerca de 20 jornalistas brasileiros e estrangeiros participam do evento.
O presidente da Embratur, Flávio Dino, que fez a abertura do seminário, afirmou, no debate com os profissionais da comunicação, que aposta na construção da imagem do Brasil. “Sediar esses grandes eventos é estratégico para mostrar um novo Brasil que tem potencial para avançar em todos os terrenos”, ressaltou. Em sua apresentação, Dino destacou os avanços econômicos pelos quais o Brasil passa mesmo com a crise financeira mundial. “Estamos crescendo, investindo e gerando 20 milhões de empregos”.
O presidente da Embratur também ressaltou os números recordes de entradas de estrangeiros no Brasil. Em 2012, o país recebeu 5,7 milhões de turistas, um crescimento de 4,5% em relação a 2011. O turismo estrangeiro no Brasil cresceu acima da média mundial que foi de 3,8% segundo a Organização Mundial de Turismo. Também participaram da mesa de abertura, o presidente da Apex Brasil, Maurício Borges e o presidente da Federação das Indústrias de Brasília, José Luiz Diaz Fernandez.
A primeira discussão do seminário foi sobre o papel das mídias sociais na comunicação atual. O jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva, presidente do Projor (Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo) que realiza o seminário, destacou a importância das mídias sociais na cobertura dos grandes eventos. “Há cinco anos não existia essa imensa participação das redes sociais. Como nossa profissão vai lidar com esse fenômeno?”, questionou.
O norte-americano Thom Loverro, jornalista da ESPN, afirmou que o sucesso da Copa do Mundo 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 vai depender muito das redes sociais. “Hoje, as pessoas se informam mais pelas mídias sociais do que pela televisão. O poder dessas redes é inimaginável”, garantiu o profissional com mais de 30 anos de trabalho na grande imprensa.
Opinião semelhante tem o coordenador de conteúdo da Assessoria de Comunicação do Ministério do Esporte, Paulo Rossi. “Com a chegada das redes, mudou completamente a noção de como fazer jornalismo. E, principalmente, mudou o poder do jornalismo. Com as redes, mesmo quem não é jornalista divulga informação boa. E o jornalismo tem que se adaptar a isso”, disse Rossi.
Ainda serão discutidos no seminário temas como técnica da cobertura jornalística; a emoção e a objetividade na cobertura esportiva; megaeventos e sociedade; a atuação da jornalista num ambiente basicamente masculino; e como aproveitar a Copa para realizar negócios.
O seminário Jornalismo Esportivo, Sociedade e Indústria é uma realização do Observatório da Imprensa e do Projor com apoio da Embratur e da Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos).