Agências de viagens têm grau de competitividade avançado
[Por Agência Sebrae, 23/08/2011]
As agências de viagens estão mais maduras e possuem grau avançado de competitividade. As conclusões são do estudo ‘Análise Geral da Competitividade do Setor de Agenciamento de Viagens Brasileiro’, elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a pedido do Sebrae e da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav).
Os principais resultados foram divulgados nesta terça-feira (23/08), em São Paulo. O estudo tem como base dados de uma iniciativa inédita para o setor, chamada Matriz de Competitividade. Desenvolvida com apoio técnico da FGV, ela oferece aos empresários do agenciamento turístico uma visão clara sobre sua posição no mercado, ou seja, suas vantagens e desafios em relação aos concorrentes.
Participaram da pesquisa 967 empresas do setor de todos os estados brasileiros. O índice encontrado para o Brasil foi de 2,04, o que classifica as agências brasileiras no nível de competitividade 3 (avançado), em uma escala que vai até 4 (vantagem competitiva). “Os resultados mostram que as empresas estão mais maduras, mas é preciso fico atento, já que no nível 3 estão mais sujeitas às oscilações de mercado e podem cair na competitividade”, disse o professor Ricardo Pascarella, da FGV.
A avaliação levou em consideração os recursos disponíveis por esses negócios para o alcance da competitividade em relação a sete dimensões: administração financeira; planejamento e gestão estratégicos; processos de aprendizagem; produtos e serviços; promoção e vendas; recursos humanos; e tecnologia da informação.
Segundo a gestora nacional do programa pelo Sebrae, Valéria Barros, todas as empresas que responderam ao questionário receberam um retorno sobre seu desempenho e onde podem melhorar. De maneira geral, os empresários estão preocupados com a promoção da melhoria da oferta de produtos e serviços turísticos e com a administração financeira.
“Por isso, disponibilizamos no final do estudo um portfólio de produtos da Abav e do Sebrae de apoio ao desenvolvimento competitivo das micro e pequenas empresas de viagens”, disse Valéria Barros, gestora nacional do programa pelo Sebrae.
O estudo mostrou também que é preciso melhorar a percepção empresarial em relação a processos de aprendizagem e disseminação do conhecimento.
Para o presidente da Abav Nacional, Carlos Alberto Amorim Ferreira, a surpresa foi a quantidade de agências que participaram da pesquisa. “A participação de quase mil empresas mostra que o empresário brasileiro está preocupado com o futuro e a competitividade de suas empresas. Sabemos que hoje a pauta do nosso setor é a competitividade e quem não estiver dentro dela não irá sobreviver por muitos anos”.
Próximos passos
As entidades estão estudando a possibilidade de a pesquisa ser anual e levado para outros setores da cadeia produtiva do turismo. “Já estamos finalizando uma matriz de competitividade para os equipamentos turísticos, que deve sair no início do próximo ano”.
Os empresários do setor de agenciamento e operações turísticas ocupam posição fundamental como elo da extensa cadeia produtiva, formada por um emaranhado de empresas ― hotéis, companhias aéreas, locadoras de automóveis, restaurantes. Juntos, representam 52 segmentos da economia e empregam cerca de 50 mil profissionais diretamente e mais de 100 mil indiretamente.