ABEOC Brasil: Eventos impulsionam economia com turismo de negócios
Nos últimos anos, o turismo de negócios e eventos vem apresentando um potencial extraordinário para o crescimento de cidades, estados e do Brasil. O setor movimenta a indústria hoteleira, transporte, serviços e muitos outros segmentos, ultrapassando os limites da sazonalidade, além de atuar diretamente na geração de novos negócios que fazem girar a economia, aumentando as taxas de emprego e renda. Afinal, mesmo com objetivos distintos, o viajante a negócios, assim como o de passeio, tem necessidades de um hotel, transporte, almoços e jantares e de passagens de avião.
Segundo Fátima Facuri, presidente da ABEOC Brasil, esse potencial vem sendo abordado em diversas reuniões com entes públicos visando apoio ao setor e, consequentemente, crescimento para os municípios. “Os eventos têm muito a contribuir para a retomada do crescimento. Geramos empregos, novos serviços e divisas com os gastos de cada visitante, que vão muito além do óbvio com inscrições, alimentação e estadia. As pessoas querem também passear, curtir, conhecer”, explicou.
Em cidades com perfil turístico, como o Rio de Janeiro, o turismo de negócios deixa claro essa íntima relação. Dados de mercado mostram que os 112 eventos realizados em 2022 até o mês de outubro, trouxeram R$ 1,1 bilhão para a economia da capital fluminense, R$ 54 milhões no recolhimento de Imposto sobre Serviços (ISS).
Congressos, simpósios, conferências e feiras atraem um público especializado, focado na capacitação, networking e negócios, mas também ávido por conhecer os atrativos naturais, culturais e gastronômicos do local-sede. Números pré-pandemia divulgados pela Embratur, segundo pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, revelavam que turistas de negócios gastam quatro vezes mais no Brasil do que os que viajam a lazer. Isso representa uma média de US$ 329,39 de gasto diário pelos turistas de negócio, enquanto que os visitantes a passeio têm despesas de US$ 73,77.