Rio prevê liberar 50% do público em estádios e boates em 2 de setembro, com 4 dias de festa
A Prefeitura do Rio anunciou, nesta quinta-feira (29), um plano gradual de flexibilização das medidas de restrição na cidade. Serão 3 etapas, de 2 de setembro até 15 de novembro.
A primeira etapa, que prevê a reabertura de estádios e boates com 50% do público, depende de 77% dos cariocas já terem recebido a primeira dose da vacina contra a Covid e 45%, a segunda dose.
“Se houver necessidade, se o secretário de Saúde chegar para mim um dia e falar que não dá porque aumentou ou chegou uma nova variante, imediatamente a gente interrompe qualquer processo de abertura e pode impor novas medidas restritivas (…) Tudo indica, nesse momento, os dados, internações, óbitos, que a gente vive um momento melhor. Não é um momento ideal ainda, por isso as restrições continuam e a abertura é gradual”, disse.
Veja como será a liberação a partir de setembro
2 de setembro:
liberação de eventos em ambientes abertos;
estádios: 50% do público com vacinação completa;
boates, casas de shows e festas em áreas fechadas: 50% do público também vacinados com 1ª e segunda dose.
17 de outubro:
estádios: 100% do público com vacinação completa;
boates, casas de shows e festas em áreas fechadas: 100% do público com vacinação completa.
Os eventos terão checagem de situação vacinal das pessoas, com o aplicativo Connect SUS, do Ministério da Saúde, segundo o secretário de Saúde, Daniel Soranz. Quem não tiver sido vacinado, será barrado.
15 de novembro:
uso de máscara obrigatório só no transporte público e em unidades de saúde
livre circulação, sem restrição de capacidade e distanciamento
Lançamento com festa
O lançamento da primeira etapa de flexibilização prevê:
fechamento de ruas para o trânsito;
eventos em pólos gastronômicos;
DJs em pontos da orla;
iluminações e projeções;
apresentações musicais;
ponto facultativo no dia 3 de setembro (sexta-feira);
manifestações culturais e artísticas em centenas de pontos com priorização de artistas locais;
meia entrada nos principais pontos turísticos da cidade;
mapping e orquestra nos Arcos da Lapa;
programação especial nas cidades das Artes e do Samba;
atividades em todas as vilas olímpicas da cidade;
meditação, tai chi chuan e ioga em praças e parques;
Taça Renasce Rio: partida comemorativa (“de preferência no Maracanã”, diz Paes) com 50% do público;
campeonato de futebol solidário em comunidades;
Jogos de Botequim
Réveillon e carnaval
Paes disse ainda que o réveillon será o “maior da história da cidade” e que o carnaval, se tudo caminhar como o previsto, será realizado. O prefeito disse que semana que vem a prefeitura divulga o caderno de encargos da festa de ano novo e lembrou que a cessão do Sambódromo foi assinada.
“Já estamos quase fechando os detalhes do apoio e do patrocínio que a prefeitura fará para as escolas de samba. Há uma cláusula que diz: ‘Olha, caso não aconteça, na data programada, as escolas terão a obrigação de fazer numa data programada pela prefeitura’. Mas nós estamos programando diante dos dados – aí, desculpe, são os epidemiologistas que podem nos dizer – que a gente vai ter, sim, réveillon e carnaval.”
Rio de Novo
Projeto Rio de Novo, na íntegra.
O anúncio é considerado um “plano de voo” das atividades que vão ser liberadas até o fim do ano, conforme o avanço da vacinação.
O prefeito explicou que pretende vacinar adultos com a primeira dose até o dia 18 de agosto. E, assim como projetou um calendário de vacinação, decidiu anunciar um calendário para o carioca “poder ter de novo uma vida normal”. O plano foi denominado Rio De Novo.
“Nosso desejo é que o Rio seja a cidade do mundo inteiro que celebre o reencontro da vida com ela mesma.”
Pré requisito para redução de restrições:
Cenário epidemiológico favorável
Continuidade da chegada de vacinas
Manutenção da vacinação dos cariocas
Alta cobertura vacinal completa acima de 60 anos
A realização do plano anunciado nesta quinta vai depender da concretização do calendário de vacinação, que pretende imunizar todos adultos, com a primeira dose, até agosto.
Na véspera, o prefeito Eduardo Paes (PSD) admitiu que tentou pressionar Brasília, quando divulgou o calendário de vacinação com base na estimativa de entrega das vacinas do governo federal.
“Outro dia me disseram que eu não deveria ter divulgado o calendário sem ter a certeza que o ministério (da Saúde) iria enviar as vacinas. Falei que temos que divulgar o calendário para que, caso atrase, a gente tenha pressão popular e, dessa forma, a vacina chegue logo.”
Pedido do Flamengo
Paes também comentou a polêmica sobre o pedido do Flamengo para ter público de volta em estádios:
“Em relação ao jogo do Flamengo, o Flamengo fez uma proposta específica, ela está sendo analisada hoje pela Secretaria Municipal de Saúde. A proposta chegou só ontem, ela não teve uma reposta até ontem porque ninguém tinha pedido, não é porque eu sou vascaíno”, disse Paes, antes de perguntar o time do secretário Daniel Soranz, que é flamenguista.
Fonte: G1