Índice de confiança da indústria de eventos e turismo
[Por Sergio Junqueira Arantes, 29/01/2017]
Muitos me apontam como demasiado otimista, mas acredito estar sendo realista quando reputo 2017 como o ano em que a indústria de eventos voltará a ter um crescimento acentuado.
Analisando a nuvem de palavras construída com as previsões de três dezenas de profissionais consultados sobre suas perspectivas para este ano, na bateria de entrevistas reunidas em “O Estado da Indústria de Eventos e Turismo 2017”, observamos que a palavra que avulta é “Evento”, seguida por “Ano”, “Mais”, “Crescimento” e” “Investimento”. Destacam-se, também, “Melhor”, “Perspectiva”, “Cliente”, “Indústria”, “Retomada”, “Maior”, “Economia” e “Positiva”. A única palavra com sentido negativo, “Crise”, refere-se principalmente ao ano passado. Nada melhor para mostrar o índice de confiança da indústria de eventos e turismo.
Para melhor embasar nossa crença, vale observar também o resultado de duas outras pesquisas. A da Associação de Marketing Promocional (Ampro) apontou que, em 2017, os investimentos em live marketing devem aumentar em 62% das empresas pesquisadas. A da Revista Eventos apontou que o budget em 2017 aumentará em 31,89% das empresas consultadas, permanecendo estável para 38,79%.
Outras duas pesquisas divulgadas esta semana também mostram que a confiança do consumidor e do empresário melhoraram. A pesquisa elaborada mensalmente pela FecomercioSP registrou o maior nível de confiança desde fevereiro de 2015, tendo indicado alta de 14,8% na comparação anual. Dos dois quesitos que compõem o indicador, o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) assinalou alta de 19,5% em relação a janeiro de 2016, registrando a quarta alta consecutiva nessa base de comparação. O segundo quesito, o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), no comparativo interanual registrou a décima alta consecutiva ao registrar crescimento de 13,2%.
“Confiança da indústria volta a subir, aponta CNI” é o título de matéria no jornal Valor (19/01/2017). “Os empresários industriais voltaram a demonstrar otimismo no início do ano, segundo o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI). Com a alta em janeiro, a diferença com o resultado do ICEI de janeiro de 2016 é de 13,6 pontos acima”. A matéria ressalta ainda que “é a expectativa para o futuro que puxou o ICEI para o alto, já que o indicador que mede as condições atuais foi de 41,2 pontos frente aos 54,7 pontos do componente do ICEI que trata das expectativas para os próximos seis meses”.
Diante dessa pletora de boas notícias, acredito não estar sendo otimista quando repito a capa da edição de fevereiro da revista Exame: “O pior já passou”. Sentimento explicado em ampla matéria publicada sob a manchete “Sinais de vida”, que abre com uma breve explicação: “A inflação controlada e o ritmo mais acelerado da queda do juro aumentam a percepção de que, sim, o pior momento da crise econômica já passou. Mas que não haja ilusão, a recuperação vai ser demorada”.