Estudo aponta demanda não atendida de resorts e centros de eventos no Mato Grosso
[Por Hôtelier News , 12/07/2016]
Praça marginalizada quando o assunto são os grandes eventos e locais de movimentação turística intensa, o Estado do Mato Grosso revela-se como um gerador de oportunidades a serem exploradas pelos investidores turísticos-imobiliários. Pelo menos é isso que aponta um recente estudo feito pela Caio Calfat Real Estate Consulting. De acordo com o levantamento, na região há demanda reprimida para resorts e espaços de eventos que atendam ao segmento do agronegócio, de grande participação na balança comercial brasileira.
Conforme aponta o relatório, o fator econômico das adjacências influencia muito nessa conclusão. Segundo indicativos, mesmo com retração de 11,7% das exportações em 2015, o Mato Grosso registrou um superávit externo de US$ 11,73 bilhões, o segundo maior saldo do País, tendo sido superado apenas por Minas Gerais. As produções de soja, milho, algodão e carne foram as que mais contribuíram para esse resultado, de acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Tais dados reforçam a tese defendida pela consultoria, pois o desenvolvimento da estrutura para conferências não acompanha a pujança econômica e o potencial.
O levantamento aponta que 80% das principais empresas realizadoras de eventos na região de Cuiabá e Chapada dos Guimarães relatam dificuldades em encontrar disponibilidade nos espaços em operação nos períodos de grandes congressos. O mesmo estudo revela que 50% das empresas registram um aumento na demanda por eventos.
Aliado a conjuntura econômica e à carência estrutural, o relatório aponta outro fato que pode ser considerado importante, especialmente para meios de hospedagem. O Mato Grosso é o único Estado brasileiro composto por três biomas: Pantanal, Cerrado e Amazônia. Também possui uma das mais importantes represas do Centro-Oeste, a do Lago Manso, formado pelo represamento do Rio Cuiabá e com 427 km² de área.
Para Caio Calfat, diretor da consultoria, a região explora pouco este potencial natural, seja por meio de resorts e pousadas, empreendimentos de segunda residência ou como atrativo extra para eventos de negócios.