Fifa dá ultimato e Curitiba pode perder a Copa
[Por Panrotas, 22/01/2014]
Não é apenas o Aeroporto de Fortaleza ou o do Galeão, a demora do Itaquerão ou os acidentes em estádios pelo País que envergonham nossa preparação para a Copa do Mundo. Curitiba hoje ganhou ultimato da Fifa: tem até o dia 18 de fevereiro para mostrar que tem condições de receber jogos da Copa do Mundo. O prazo foi estipulado pelo secretário-geral da Fifa, Jérome Valcke, que visitou a Arena da Baixada nesta quarta-feira (21). Por conta dos atrasos na reforma do estádio, que é de propriedade do Atlético-PR, o representante da Fifa sentenciou: “Daqui até o dia 18 de fevereiro, eles terão de decidir. A partir de hoje até essa data é necessário que sejam feitas as obras que nos permitam confiar que é possível realizar a Copa do Mundo aqui. Como está hoje, é um perigo”.
De acordo com Valcke, a situação das obras da Arena é “delicada”: “O que eu posso dizer? A questão é delicada. Sejamos francos e diretos. Como devem saber, a situação atual do estádio não é realmente do nosso agrado. O estádio não está apenas muito atrasado, foge de qualquer cronograma de entrega”, criticou.
A Arena da Baixada será palco de quatro jogos da primeira fase da Copa do Mundo: Irã x Nigéria, Honduras x Equador, Espanha x Austrália e Argélia x Rússia. A última atualização sobre o andamento das obras da Arena da Baixada é de novembro, que informa que o estádio estava 88% pronto.
O representante da Fifa disse que ainda não está definido se Curitiba deixará de ser cidade-sede se não atender às recomendações dentro do prazo. “Tirar uma cidade da lista de cidades-sede não é tão fácil assim. Os ingressos já estão vendidos, há pessoas que estão planejando ver os jogos aqui. Não digo que os outros jogos não sejam importantes, mas o que nós estamos esperando é que as decisões tomadas hoje, com apoio pleno do governo federal, do governo do estado, da prefeitura e do clube, permitirão manter Curitiba como cidade-sede tal como foi decidido anteriormente”, disse Valcke.
Dentre as medidas emergenciais tomadas estão a criação de um comitê gestor da obra, com representantes do governo do estado, do município e do clube proprietário. O número de trabalhadores na obra deve ser aumentado de 50% a 70%, com a possibilidade de um terceiro turno de trabalho ser implantado. Por fim, uma auditoria vai apontar quanto será necessário investir para acelerar o andamento da obra, embora o governo estadual garanta que os recursos extras não serão públicos.