Fees de serviços auxiliares das empresas aéreas chegam a US$ 32 bilhões
[Por Business Travel, 31/10/2011]
As receitas de serviços auxiliares das companhias aéreas aumentaram globalmente para US$ 32,5 bilhões em 2011. A estimativa de crescimento de US$ 9,9 bilhões ou de 43,8% sobre os US$ 22,6 bilhões de 2010, é de um amplo estudo do Amadeus que envolveu o levantamento de dados em 203 companhias aéreas e a segmentação em quatro categorias. Segundo estimativas da empresa de tecnologia, em 2011 as sete principais companhias aéreas norte-americanas (Alaska Airlines, American, Continental, Delta, Hawaiian, United e US Airways) aumentarão 87% sua receitas auxiliares – para US$ 12,5 bilhões (38% do total global), participando, em média, com 11,9% de suas receitas totais (7,2% em 2010) -, enquanto essas receitas nas companhias aéreas low-cost aumentarão 33%, para US$ 4,8 bilhões – participação média de 6,5% nas receitas totais.
Já as demais companhias aéreas tradicionais terão receitas de US$ 4,3 bilhões (+28%) com os “ancilliary revenues” – participação média de 2,9% dessas receitas nas receitas totais das companhias. As “companhias aéreas campeãs” na cobrança de fees por serviços auxiliares – as que apresentam a maior participação desses fees em suas receitas totais (média mundial de 19,8%) – faturarão US$ 4,3 bilhões com essas receitas (+13%). Integram esta última categoria companhias como a AirAsia, Aer Lingus, EasyJet, Ryanair e Spirit Airlines. “Como as receitas de serviços auxiliares, adicionais ou complementares estão crescendo rapidamente, estamos notando que está havendo um crescente interesse de parte das companhias aéreas tradicionais (full service) de todo o mundo, que também estão implementando os serviços adicionais através dos sistemas globais de distribuição (GDS), como o Amadeus”, diz o estudo.
A IdeaWorks, empresa de consultoria que participou do estudo, acredita que a maior parcela das receitas das grandes companhias aéreas norte-americanas, cerca de 50%, seja gerada pela venda de milhas nos programas de viajantes freqüentes, notadamente naqueles que têm atividades relacionadas a cartões de crédito cobranded. Somente nos EUA, essa atividade financeira sozinha movimenta US$ 67,5 bilhões. Já os fees de bagagens representam aproximadamente 20% das receitas de serviços auxiliares e os restantes 30% são produzidos por uma variada gama de serviços “à la carte” (venda de refeições a bordo, bebidas, wifi, reserva de hotéis, filas prioritárias para postos de segurança, prioridade de embarque, assentos especiais, etc). O estudo menciona a dificuldade de levantar o tipo de receita auxiliar fora dos EUA, devido às diferenças entre as companhias. Mas menciona também que em países como Brasil, Austrália e Canadá, as companhias aéreas geram significativas receitas da venda de milhas e pontos para bancos, hotéis, atacadistas e mesmo para membros do próprio programa.
Distribuindo as receitas das companhias aéreas com serviços auxiliares por região e sua evolução percentual em comparação com as receitas registradas em 2010, o estudo do Amadeus e da IdeaWorks revela que essas receitas de 2011 na região da América do Norte serão de US$ 15 bilhões (+72%), na Europa de US$ 9 bilhões (+18,7%), na Ásia Pacífico de US$ 6,3 bilhões (+30%), na África e Oriente Médio de US$ 1,4 bilhão (+52%) e na região da América Latina e Caribe de US$ 0,8 bilhão (+47%).
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