Representante do setor de eventos diz que empresários estão confiantes na retomada
Nessa fase de redução do avanço da pandemia da covid-19, novas portarias autorizaram em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Caldas Novas, a ampliação do número de pessoas em eventos sociais e coorporativos. A flexibilização das medidas de distanciamento social nos municípios goianos trouxe otimismo para os empresários do setor de eventos, segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Eventos (Abeoc-GO), Leonardo Mundim.
De acordo com o presidente, a confiança do empresário é a melhor dos últimos 21 meses, com indicador de redução do índice de mortes e internações por Covid-19. “Foram diversos momentos que tivemos que esperar. No início da pandemia foram os três meses e não voltou, depois esperamos que em 2021 tudo voltaria ao normal, mas fez foi piorar. Agora com as quedas dos índices de mortes e de internação a gente tá com uma perspectiva melhor do retorno”, conta o presidente.
Ele ressalta que com a retomada das atividades de forma efetiva, se tudo ocorrer bem, no ano que vem tudo volta ao normal. “Esse ano já vai começar acontecer algum evento festivo, mas os eventos empresariais grandes que são organizados de 6 meses até 2 anos de antecedência, e que reúnem cerca de quatro a cinco mil pessoas, que gira a economia local com lotação de hotéis, grande fluxo de chamadas nos ubers, bares, restaurantes, botecos, esse tipo de evento só retoma provavelmente ano que vem”, explicou Leonardo.
As sequelas da pandemia
O presidente aponta que as empresas do setor de eventos sociais e coorporativos foram uma das mais prejudicadas economicamente com a pandemia. Conforme ele, muitas empresas fecharam e quem aguentou até agora, conseguirá se reerguer, mas vai ter um período de “ressaca”. “Acredito que algumas empresas ainda vão ficar pelo caminho, mas a tendência é que quem segurou até agora é de conseguir se reposicionar no mercado, ainda que com uma certa dificuldade, mas vão se reposicionar”, salientou.
“O setor de eventos está sendo o último a ter uma flexibilização maior e outro ponto que foi prejudicado com isso foi a mão-de-obra. Muitas mãos-de-obra foram para outras áreas e não devem voltar mais. Quem que vai sair de outro emprego fixo para se arriscar em um emprego em que o setor ainda está se levantando? Não só dos eventos, mas toda essa cadeia relacionada como bares, restaurantes, hotéis, também estão tendo essa dificuldade de achar profissionais”, reiterou.
Os cuidados devem continuar
O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Eventos , Leonardo Mundim, faz um apelo para os empresários cumprirem as normas sanitárias exigidas para o combate a proliferação do Novo Coronavírus. “Como Associação a gente tem batido muito nessa tecla da importância dos cuidados, não só durante as realizações dos eventos em si, mas no dia-a-dia, para que os protocolos de segurança sejam sempre seguidos. Porque se voltar a fechar de novo vai ficar complicado para o mercado”, pontuou.
Novas flexibilizações
A partir da última segunda-feira, 27, após avaliação do quadro epidemiológico do município, que continua estável, no cenário verde (risco baixo), o Comitê Municipal de Prevenção e Enfrentamento a Covid-19 de Aparecida de Goiânia autorizou a realização de eventos sociais e corporativos para até 250 pessoas, com 50% da capacidade do estabelecimento. Em Caldas Novas, um novo decreto permitiu o funcionamento de eventos com até 75% de ocupação da capacidade máxima do local.
Na capital, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, flexibilizou ainda mais as medidas de prevenção ao Covid-19 e liberou, via decreto, eventos com até 2 mil pessoas, limitados a 50% da capacidade do local e, desde que, este sejam abertos. Boates também estão liberadas com 50% da capacidade. Ou seja, para colocar 200 pessoas na pista, a casa precisa comportar 400 e assim por diante.
Fonte: G5 News