Entidades mundiais de turismo criticam decreto de Trump
[Por Mercado e Eventos, 01/02/2017]
Na sexta-feira (27/01) um decreto assinado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, causou rebuliço ao banir a entrada de viajantes de sete países, Irã, Iraque, Líbia, Sudão, Somália, Síria e Iêmem, por 90 dias. Nesta semana, a Organização Mundial do Turismo (OMT) e a World Travel & Tourism Council (WTTC), se posicionaram criticando a medida, usando argumentos de “violação à liberdade” e o impacto negativo que pode causar no mercado turístico.
O presidente e CEO da WTTC, David Scowsill, disse que o decreto de Trump vai diretamente contra o direito de liberdade de viajar e que causou confusão entre viajantes e agências de todo o mundo. “Se essa medida de da administração de Trump foi feita para ‘prevenir a infiltração de criminosos e terroristas estrangeiros’, então é importante apontar que a vasta maioria dos ataques no passado recente foram perpetrados por radicais nacionalistas crescidos no país envolvido”, criticou.
Segundo informações da Publituris, o secretário-geral da OMT, Taleb Rifai, também expressou preocupação e condenação pelo decreto, dizendo que a proibição é contrária aos princípios da comunidade internacional do Turismo. “Os desafios de segurança que enfrentamos hoje não devem levar-nos a construir novos muros, pelo contrário, isolacionismo e ações cegas e discriminatórias não levarão a uma maior segurança, mas sim a crescentes tensões e ameaças”, salientou.