Turismo trabalha para ter indústria de ponta
[Por Ministério do Turismo, 26/05/2014]
O turismo brasileiro tem atualmente o potencial do agronegócio nacional na década de 70, de acordo com o ministro do Turismo, Vinicius Lages. Foi com esta afirmação que ele abriu o Seminário Turismo Brasil – Balanço Pré-Copa do Mundo, os Grandes e as Perspectivas para o País, no Rio de Janeiro, evento realizado nesta segunda-feira (26) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
“Hoje somos um dos gigantes internacionais da agroindústria. Temos tudo para ser a nova fronteira de desenvolvimento do país, em matéria de turismo”, disse. O evento reuniu representantes de governos, entidades do setor turístico e empresariado dos segmentos de hotelaria, agências de viagem, operadoras e organizadores de eventos.
A 17 dias da Copa do Mundo, o ministro apresentou um balanço dos ganhos do setor na última década e projeções sobre o desenvolvimento da economia turística no pós-Copa. “Temos um novo mercado, uma nova classe média, novos competidores e novos perfis de turistas conectados. O consumidor viajante tem um poder cada vez maior em suas mãos”.
Para estimular, por exemplo, o ambiente de negócios e a aceleração de investimentos privados no país, está nos planos da pasta a encomenda de um estudo sobre desafios e novas políticas públicas em segmentos importantes da indústria do setor. “O objetivo é derrubar entraves para crescer proporcionalmente ao nosso potencial”, explicou Lages. Malha aérea, logística, ajustes fiscais e tributação, preços, recursos humanos e agenda de competitividade centrada na inovação e na captação de negócios estarão no foco da pesquisa.
Ouça aqui declaração na qual Vinicius Lages compara o potencial do turismo ao do agronegócio.
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, agradeceu a parceria do Ministério do Turismo na realização de obras de infraestrutura afirmou que o governo estadual vai continuar investindo em ações de inteligência estratégica na condução das políticas para o setor. Em saudação inicial, o presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, afirmou que o desenvolvimento do turismo brasileiro depende da capacitação de seus profissionais.
Crescimento do setor
A estimativa do Ministério do Turismo é que o país receba cerca de 600 mil turistas estrangeiros e três milhões de brasileiros no período da Copa. A vinda de turistas de fora, que em 2012 chegou a 5,7 milhões, pode passar dos 7,9 milhões até 2016 com um crescimento entre 6 a 8% ao ano. Além de aumentar o fluxo de estrangeiros, o Ministério do Turismo no país incentiva as viagens internas. A ideia é chegar a 250 milhões de deslocamentos até 2016.
O impulso dos grandes eventos será um apoio às metas traçadas pelo Plano Nacional de Turismo, que projeta o país da condição de sexta economia turística (US$ 71,6 bilhões) para terceira do mundo nos próximos oito anos, com um movimento de US$ 175 bilhões. O Turismo investiu cerca de R$ 160 milhões em obras de sinalização, acessibilidade e centros de atendimentos aos turistas, a partir da Matriz de Responsabilidade de Copa. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também destinou R$ 461 milhões a centros de convenções e eventos em 11 cidades.
Um estudo feito na Copa das Confederações e na Jornada Mundial da Juventude mostrou que os estrangeiros que estiveram no Brasil se mostraram satisfeitos com os principais serviços oferecidos pelo país. Mais de 90% disseram que pretendem voltar, segundo pesquisa realizada pelo MTur em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e o Instituto Coppe da Universidade Federal do Rio de Janeiro.