Debate sobre financiamentos hoteleiros no Brasil encerra BHIC
[Por Revista Hotéis, 05/05/2014]
Este painel terminou instantes atrás e encerrou a 2ª edição do BHIC – Brasil Hospitality Investment Conference, que aconteceu durante o dia de hoje no hotel Pullman Ibirapuera, na Zona Sul da capital paulista. O moderador deste debate foi Rodrigo Bezerra Marques, Coordenador geral de investimentos do Ministério do Turismo e contou com a presença de Diretor da BSH International, José Ernesto Marino Neto, Ary Krivopisk, CEO da FSA Group e Maxi Lima, Diretor da HSI.
De acordo com Marino Neto, se a oposição eleger o candidato a presidência da república na próxima eleição, a economia ficará menos produtiva no início para poder se adequara a um novo modelo econômico. “Isto causará reflexos também na hotelaria que é um investimento a longo prazo e tem de ter políticas continuadas, mas os investimentos não faltarão”, acredita Marino Neto.
Krivopisk concordou com Marino Neto que não faltará recursos para a hotelaria nos próximos anos, mas o cenário macro econômico causa preocupação, pois a economia está muito indexada a taxa de juros e faltam muitos recursos em infraestrutura. “O mercado hoteleiro apresenta muitas oportunidades, mas esbarra na infraestrutura que necessita ser melhorada para possibilitar o desenvolvimento do setor”.
Maxi Lima analisou de forma diferente a situação, pois acredita que haverá escassez no crédito no mercado, e que ficará muito caro construir empréstimos. “Quem tiver dinheiro nos próximos dois anos e puder investir na hotelaria, vai colher frutos muitos interessantes”, avaliou Lima.
Outro aspecto que motivou os debates foram os recursos dos condo hotéis, a principal fonte de recursos da hotelaria nacional e a possível regulamentação por parte da CVM – Comissão de Valores Mobiliários. “Se a CVM entende que condo hotel é valor imobiliário, já existe legislação que ampara os investidores contra os oportunistas mentirosos. Por isto, é necessário que exista muita transparência e honestidade de quem vende e isto é bastante benéfico para o setor”, avaliou Marino Neto, lembrando que se a CVM não tomar providências quanto aos riscos existentes no mercado, ela pode ser processada pelos investidores.
Para Krivopisk, regular um mercado com 40 anos de história e mais de 1000 empreendimentos realizados é bastante complicado e representa um ato jurídico perfeito e mudar isto, é ilegal.
Max Lima acredita que se houver a regulamentação por parte da CVM, será bem oneroso para a indústria hoteleira num primeiro momento, mas vai ajudá-la muito no longo prazo e trazer mais garantias aos investidores.
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