Turismo exige investimentos públicos e privados
[Artigo de Abdon Barretto Filho, Diretor da rede Plaza Hotéis – Revista Hóteis, 06/08/2013]
O Turismo é um fenômeno mundial que envolve bilhões de pessoas em todo o mundo. Alguns Países, Estados e Cidades já reconhecem sua importância social e econômica. Definem Planos e Ações que demonstram o interesse no seu desenvolvimento. Outros, por falta de conhecimento ou dificuldades econômicas são incapazes de apresentarem alternativas e buscarem parcerias com o sistema produtivo do Turismo identificado em 52 segmentos econômicos – Transportadores, Meios de Hospedagem, Restaurantes, Bares, Agências de Viagens, Organizadores de Eventos, Centros de Eventos, Empresas de Entretenimento e Lazer, Instituições de Ensino, Organizações do Terceiro setor, comércio local, entre outros.
Alguns líderes públicos e privados não entendem, não gostam e não acreditam na força do fenômeno turístico. Não investem e querem retornos. Já foram identificadas verdadeiras “miopias mercadológicas”. No caso do setor público, alguns exemplos são prejudiciais ao setor privado que cumpre seu papel investindo nos meios de transportes, meios de hospedagem, nos setores gastronômicos, nos eventos, entre outros. Por algum motivo, ignora-se que no Turismo Receptivo, cabe ao setor público a preparação da infraestrutura, a Delimitação do Produto Turístico Principal e da Promoção do Destino (compromisso dividido com os meios de comunicação e os serviços de Relações Públicas, Publicidade, Propaganda, Redes Sociais, entre outros).
Naturalmente, com o aumento do fluxo de visitantes, a fiscalização para buscar os impostos e taxas geradas no setor. É óbvio que o impacto do Turismo também é percebido pela geração de emprego e da melhoria da qualidade de vida da população, principalmente na sua autoestima, porque tudo que é investido para atender bem um visitante fica para a comunidade. As cidades que investem ou pretendem investir no Turismo Receptivo devem acompanhar os modelos existentes, principalmente, os Convention & Visitors Bureaux, organização econômica sem fins lucrativos (Fundações, Institutos), mantido pelo room tax (captado pelos meios de hospedagem), event tax (evento realizado), convênios com outras entidades e patrocínios de empresas.
O modelo criado em 1896, nos EUA, tem tido sucesso no Brasil e está condicionado aos investimentos privados e os apoios dos setores públicos para Captar Eventos e Promover o Destino. Ele representa a consolidação do interesse empresarial e político da Cidade pelo desenvolvimento do Turismo Receptivo e seus segmentos, principalmente o Turismo de Negócios,Turismo de Eventos distintos. Caso não existam decisões e ações de investimentos, discutir o tema sem interesse em investir é perda de tempo e com interesses difusos desfocados da realidade mundial. Turismo também é um fato econômico e está sujeito às leis do Mercado.
Está comprovado que as Cidades/Regiões disputam visitantes: investidores e/ou turistas para melhorar a vida do cidadão,morador e eleitor. Será? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.