Lucro da hotelaria cresceu 7,9% e as diárias aumentaram 15,2% em 2012
[Por BusinessTravel, 13/08/2013]
O ano de 2012 marcou o 8º ano consecutivo de crescimento na receita dos hotéis brasileiros: a receita por apartamento disponível (RevPAR) aumentou 8,8% em 2012, em comparação a 2011. De acordo com a pesquisa Hotelaria em Números – Brasil 2013, realizada pela Jones Lang LaSalle em parceria com o FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, o lucro operacional bruto dos hotéis brasileiros continua acima da taxa de inflação, tendo registrado variação anual positiva de 7,9%. Segundo o estudo, o aumento do poder aquisitivo da população, fruto da diversificação e descentralização da economia nacional, criou um cenário que permite um planejamento seguro para investimentos em hotéis no país nos próximos dez anos, mantendo os hotéis brasileiros na mira dos investidores.
“Embora estejam ocorrendo mudanças nas taxas de ocupação, a demanda sustentada aliada à falta de novos empreendimentos hoteleiros possibilitarão ao mercado hoteleiro do Brasil manter sua vantagem competitiva”, disse Ricardo Mader, vice-presidente executivo do Grupo de Hotéis & Hospitalidade da Jones Lang LaSalle no Brasil. Para Roberto Rotter, presidente do FOHB, as 26 redes associadas ao FOHB estão investindo 7 bilhões de reais entre 2012 e 2015 para a construção de 40 mil novas unidades habitacionais e geração de 16 mil novos postos de trabalho no País. “Por isso, podemos dizer que a hotelaria está preparada para os grandes eventos e para depois deles”, comentou. Para Rotter, “dados como estes, do estudo Hotelaria em Números, têm sido ferramentas essenciais para o planejamento e desenvolvimento sustentável do setor.”
O crescimento econômico menor em 2012 teve um impacto negativo nas taxas de ocupação dos hotéis, que caíram 5,6% em relação a 2011. A causa dessa queda varia de mercado para mercado, mas, de modo geral, os segmentos que exibiram as maiores reduções foram os de viagens em grupo e individuais. A pressão de alta nos custos de viagens decorrente da ampliação da classe média brasileira também provocou uma redução nas viagens de fim de semana. As taxas de ocupação em dias de semana permaneceram altas, atingindo picos nas noites de terça-feira a quinta-feira em vários mercados e sendo sustentadas principalmente pelo segmento corporativo. Essa compressão da demanda possibilitou significativa alta das diárias médias, que aumentaram 15,2% na comparação com 2011.