JMJ garante melhor julho da história para turismo internacional
[Por Aquarela 2020, 12/08/2013]
Praticamente todos os oito principais aeroportos do país tiveram crescimento na entrada de turistas estrangeiros durante o mês de julho, segundo dados preliminares da Polícia Federal. O Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP) teve crescimento de 27,6% – recebendo 40 mil estrangeiros a mais que em julho do ano passado. Já Confins (Minas Gerais) teve crescimento de 44,5% e o Distrito Federal, alta de 16,7%. Um dos principais motivos, segundo análise da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), foi a realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro.
O presidente da Embratur, Flávio Dino, lembra que muitos estrangeiros não descem, necessariamente no Rio de Janeiro. “Principalmente, São Paulo é uma porta de entrada importante para o turista que vem ao país, mas também outros estados receberam visitantes que objetivavam ir à JMJ depois, porém chegaram por outros locais”, afirma. Ao longo do ano, Guarulhos já acumula crescimento de 14% na entrada de estrangeiros: 1,176 milhão desembarcaram em Cumbica este ano.
Nos oito principais aeroportos, o saldo geral de janeiro a julho já chega a 2 milhões de turistas estrangeiros – um aumento de 7%, se comparado com o mesmo resultado do ano passado. “Caminhamos claramente para bater novamente nosso recorde histórico de ingresso de estrangeiros, desta vez, ultrapassando os 6 milhões de turistas”, afirma Dino.
Entrada de turistas gera impacto econômico
Somente os dois principais eventos internacionais já realizados no Brasil neste ano – a Copa das Confederações e a JMJ –, movimentaram cerca de de R$ 2 bilhões na economia brasileira. Estimativas da Embratur mostram que, em 16 partidas de futebol nas duas semanas da Copa das Confederações 2013, foram movimentados R$ 740 milhões por toda a cadeia turística do país – incluindo hotéis, alimentação fora do lar e comércio informal. Já a Jornada Mundial da Juventude gerou impacto da ordem de R$ 1,2 bilhão na economia brasileira.
“Estamos falando de impacto direto e indireto. Nossa avaliação mostra que num curto período, considerando esses dois megaeventos, o país terá, no mínimo, um retorno financeiro de cerca de R$ 1,9 bilhão”, avalia Flávio Dino.
Em relação à Copa das Confederações, os gastos de turistas – brasileiros e estrangeiros – foi estimado pela Embratur em R$ 321,79 milhões, enquanto a Fifa projetou os gastos de suas seleções e delegações em R$ 70 milhões. Já o efeito indireto na economia foi de R$ 348,69 milhões. “Cada real inserido na economia brasileira pelo turismo internacional, obviamente, tem um efeito indireto positivo em toda a cadeia, pois demanda um maior volume de fornecimento de insumos básicos”, explica o presidente da Embratur.
Com um gasto médio diário de R$ 96,74, os peregrinos da JMJ gastaram cerca de R$ 659 milhões durante o evento. Indiretamente, a Jornada movimentou outros R$ 587 milhões, chegando assim a mais de R$ 1,2 bi de impacto na economia.
Ao longo de todo o ano, o turismo internacional trouxe para o Brasil quase US$ 3,5 bilhões. O valor equivale a R$ 7 bilhões pela cotação média do dólar em 2013. Com isso, houve crescimento de 9,6% em relação ao mesmo volume de reais deixados na economia brasileira por turistas estrangeiros no primeiro semestre do ano passado.