Bons exemplos garantem sucesso da Rio 2016
[Por Jeanine Pires, 06/09/2012]
A organização de um megaevento exige investimentos milionários, principalmente da cidade anfitriã, do Comitê Olímpico Internacional (COI) e de patrocinadores, que costumam fortalecer suas marcas quando vinculam as mesmas às olimpíadas. Segundo John Macomber, CEO da La George B. H. Macomber Company, grandes marcas, como Coca-Cola e Adidas, têm retorno significativo quando investem em eventos esportivos. Já o gasto das cidades com infraestrutura, na opinião de Macomber, dificilmente se pagam por si só.
Um exemplo interessante é Barcelona, onde os investimentos foram feitos em obras que continuaram rendendo lucros. Sandalio Gomes, presidente e diretor acadêmico do Centro de gerenciamento em negócios esportivos da IESE Business School da Espanha, explicou que os apartamentos da vila olímpica eram de alto nível, e que por esta razão logo foram adquiridos por investidores privados. “Pueblo Nuevo, uma aérea até então antiga e deteriorada, foi reconstruída para dar visibilidade ao mar e ao porto. Os jogos foram organizados com muita qualidade, e contribuíram para a divulgação de uma imagem positiva de Barcelona internacionalmente, beneficiando e desenvolvendo o turismo”, ressaltou.
Os porta-vozes do Rio de Janeiro em suas apresentações sobre a Rio 2016 asseguraram que os jogos vão gerar cerca de 120 mil postos de trabalho, e que impulsionada pelos jogos a economia brasileira alcançará uma cifra de USS$51,1 milhões. Tais projeções com certeza são possíveis de ser alcanças, desde que os objetivos traçados sejam cumpridos com dedicação e seriedade. Como aconteceu na Espanha, para que os retornos continuem depois dos jogos, é necessário pensar no pós-evento desde já.
Acertos podem nos render um retorno surpreendente. Análises feitas no Plano Aquarela 2020 indicam que depois dos eventos o Brasil chegará a 2020 recebendo cerca de 10 milhões de turistas estrangeiros, e terá sua receita turística triplicada no período de 2011 a 2020.