Nova plataforma on-line gerencia eventos
[Por Evento em Foco, 22/01/2012]
Sócios com experiência em programação no BID miram experiências internacionais para criar ferramenta de gerenciamento on-line de eventos de pequeno e médio portes com R$ 210 mil.
A Sympla lança plataforma para a organização de eventos pela internet que inclui até venda de ingressos. O objetivo é unificar toda a logística que engloba a administração de um evento, como o controle dos participantes e a divulgação.
A plataforma é voltada para eventos de pequeno e médio portes – até 10 mil pessoas cada um – e abarca eventos gratuitos e pagos.
“Não queremos trabalhar com grandes eventos. A limitação em 10 mil participantes serve para definir o público que queremos atingir”, afirma Rodrigo Cartacho, co-fundador da Sympla, que já foi proprietário de uma produtora de eventos em Belo Horizonte (MG).
Os outros dois sócios de Cartacho trabalhavam no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como programadores criando plataformas semelhantes para reuniões internas do banco.
Juntando as aptidões pessoais com projetos semelhantes que começavam a surgir em países como Alemanha e Estados Unidos, a ideia do grupo de amigos foi simplificar os sistemas já aplicados lá fora.
“Definimos que iríamos usar o conceito de simplicidade, mas criar uma coisa totalmente nova e focada no brasileiro, porque somos muito diferentes de americanos e alemães. Não poderíamos simplesmente adaptar”, conta Cartacho.
Foram investidos aproximadamente R$ 210 mil em um ano de desenvolvimento da plataforma. “70% do trabalho foi para simplificar. O maior investimento foi em horas de trabalho”, recorda Cartacho.
Os sócios ainda não cogitam a entrada de investidores no negócio, cuja receita virá da cobrança de 10% do valor de cada ingresso vendido – que pode ser cobrado do organizador ou de quem comprar o ticket, a opção fica a critério do usuário que criou o evento.
“Nosso objetivo não é ter lucro nos primeiros anos. Desses 10%, 7,4% vão para a gestão de crise e outros custos da plataforma. A intenção é arrecadar no curto prazo e depois diminuir a margem de custo”, conta Cartacho.
Nos casos de eventos gratuitos, nada é cobrado dos participantes ou do organizador. “Se a pessoa fizer toda a organização e não tiver venda nenhuma, também não cobramos. A cobrança só é feita no momento da venda e o risco para o organizador é zero”, afirma o sócio.
No ar há três semanas, já foram cadastrados 120 eventos e 250 organizadores. “Não temos um perfil específico, tem desde festas a cursos e palestras cadastrados. O organizador não vai usar necessariamente a ferramenta agora, pode ser para um evento em julho, por exemplo”, explica Cartacho sobre os números.
“Algumas escolas de arte e música estão usando a ferramenta para fazer as matrículas. Outro caso legal é de uma pessoa do Rio de Janeiro que roda o país inteiro com uma palestra sobre bullying e na sua página de organizador tem todas as datas e cidades”, conta.
O desafio para os empreendedores agora é ganhar a confiança de pequenas casas de shows e produtores de eventos. E, nesse caso, o grupo sai do on-line e vai para a abordagem corpo a corpo. “Por mais que estejamos sempre disponíveis on-line, quando eu consigo falar pessoalmente com os donos de casas de shows a receptividade é melhor. O negócio é tão inovador que o pessoa ainda desconfia”, afirma.
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Eu quero entrar em contato direto… Abraços…
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