Setor de eventos gera cerca de 5,5 mil empregos no primeiro quadrimeste de 2023
Apesar de apresentar uma evolução global do segmento, números do Radar Econômico da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape) apontaram um índice inferior na geração de empregos de algumas atividades do hub setorial no primeiro quadrimestre de 2023, em comparação ao mesmo período do ano passado, com base em dados do Ministério do Trabalho e Previdência e IBGE. Por mais que o segmento apresente crescimento, ainda há uma oscilação nos índices de oportunidades de trabalho.
O core business do setor de eventos registrou o melhor quadrimestre dos últimos anos. Entre janeiro e abril, gerou 5.463 vagas de empregos, um crescimento de 1,1% sobre o mesmo período de 2022. Só no mês de abril foram geradas 2.073 vagas, representando 38% do resultado dos quatro primeiros meses do ano e 4% acima do mesmo mês de 2022. A classificação abrange as áreas de organização de eventos, exceto culturais e esportivos; atividades artísticas, criativas e de espetáculos; atividades ligadas ao patrimônio cultural e ambiental; atividades de recreação e lazer; e produção e promoção de eventos esportivos.
No entanto, quando se considera o hub setorial, o Radar Abrape registra 70.443 novos postos de trabalho, nível inferior ao mesmo período de 2022 (86.483). Esta classificação abrange 52 atividades econômicas como operadores turísticos, bares e restaurantes, serviços gerais, segurança privada, hospedagem etc, atividades que são diretamente impactadas pelas atividades de cultura e entretenimento.
Setor como infraestrutura para promoção de eventos e serviços gerais foram os nichos do hub setorial que tiveram resultados melhores no primeiro quadrimestre de 2023, em relação ao mesmo período de 2022. Por outro lado, outros segmentos, apesar de registrarem um acréscimo no número de empregos, apresentaram índices abaixo do primeiro quadrimestre de 2022. Hospedagem, bares e restaurantes, agências de viagem e operadores turísticos são exemplos de segmentos que ainda não recuperaram o nível de emprego anterior à pandemia.
CONSUMO – Em abril, a estimativa de consumo no setor chegou a R$ 9,3 bilhões. Foi, também, o melhor quadrimestre dos últimos cinco anos, chegando a aproximadamente R$ 38 bilhões. “Tivemos recuperação de parte dos empregos perdidos em 2020 e 2021 e um impulso do consumo, reflexos diretos do Perse. No entanto, esta oscilação é esperada, pois ainda viveremos os impactos da longa paralisação da pandemia por anos. Por isso é fundamental que se consolidem as conquistas do programa em todo o país!”, salienta o empresário Doreni Caramori Júnior, presidente da Abrape.