Florianópolis terá Film Commission
O Floripa Convention & Visitors Bureau está à frente de um projeto que, em breve, será realidade na capital catarinense – a criação de uma Film Commission. Já implantado em grandes centros culturais, como Rio de Janeiro e São Paulo, a Film Comission atua como agente facilitador para as produções audiovisuais a serem realizadas na cidade. Em parceria com o Santacine (Sindicato da Indústria Audiovisual de Santa Catarina), o Floripa Convention vai sugerir locais para gravações e a busca de parceiros.
A Film Commission tem como objetivo fomentar a realização de filmagens para novelas, filmes, séries, documentários, programas de TV, ações publicitárias, clipes, entre outros. Conforme o presidente do Floripa Convention, Marco Aurélio Floriani, a entidade será mediadora do projeto e manterá contato direto com os produtores especializados para acelerar as negociações de serviços e obter melhores custos. “Vamos disponibilizar aos associados do Convention uma rede de opções para trazer cada vez mais negócios às empresas do trade turístico”, destaca.
Florianópolis é cercada pelas belezas naturais das dezenas de praias, trilhas e mangues, construções antigas e tombadas pelo patrimônio, além de badalada vida noturna, bares, restaurantes e hotéis, o que oferece inúmeras opções de ambientes a serem captados pelas lentes das produções, além de ser a capital de um Estado como Santa Catarina, com uma diversidade de cenários incríveis.
Parceria
Para o presidente do Santacine, Ralf Tambke, o primeiro passo é reforçar que trazer um filme para Santa Catarina é como trazer um evento – tem ata para começar, terminar e envolve muita gente. “O segundo ponto positivo é que leva a imagem do Estado e isso reverte em ganhos para o trade turístico a médio e longo prazo”, destaca.
Ralf explica que o sindicato patronal, assim como o sindicato dos trabalhadores, está próximo do mercado e conhece a infraestrutura técnica disponível na cidade para garantir o sucesso das produções. Já o Convention tem a expertise para a captação destes ‘eventos’. Ele destaca que existem três tipos de produções que podem ser captadas: filmes publicitários, curtas e longas-metragens e as coproduções. Segundo Ralf, estas coproduções (produtoras catarinenses em parcerias com empresas e atores de fora) são cada vez mais realizadas.
Potencial catarinense
O presidente do Santacine diz que não é difícil ‘vender’ Florianópolis ou Santa Catarina, pois há muito potencial. “O problema é que há uma dúvida quanto à infraestrutura técnica, mas vamos mudar esta imagem de ‘fora do eixo’ com o auxílio do Floripa Convention. Vamos mostrar a organização e reverter este quadro”, avisa.
Conforme Ralf, filmes catarinenses lançados nacionalmente, como ‘A antropóloga’, de Zeca Pires, e ‘O Amuleto’, de Jeferson D., (coprodução catarinense, paulista e carioca), assim como os filmes em produção ‘Pequeno Segredo’, de David Schmurmann, e ‘Lua em Sagitário’, de Márcia Paraíso, (o último produzido por uma produtora de Santa Catarina em coprodução com outra argentina) conseguem fortalecer a imagem que favorece inúmeras oportunidades ao trade.
O Governo Federal que, através da Ancine (Agência Nacional de Cinema), estabelece uma política pública para fortalecer a indústria audiovisual no Brasil, aprovou no último ano cerca de R$ 3,5 milhões para projetos catarinenses. “Estamos em uma curva crescente e este é o melhor momento para implantar a Film Commission”, finaliza.
O que a Film Commission vai fazer?
-Dialogar com os agentes envolvidos nas produções audiovisuais para originar o intercâmbio de informações e o planejamento de ações conjuntas
-Negociar com o trade para ter um controle de custos e tarifas referentes a produtos e serviços audiovisuais
-Solicitar a autorização de filmagens junto aos órgãos responsáveis e acelerar os processos administrativos
-Contatar agências/produtoras nacionais e internacionais para atrair mais produtores para Florianópolis