Rob Davidson traz as tendências MICE para o Fórum Eventos
[Por Revista Eventos, 30/03/2015]
Diretor geral da Mice Knowledge, Rob Davidson afirma que a indústria de eventos tem mudado rapidamente e os participantes fazem parte de quatro gerações, de acordo com a sua idade. Os mais exigentes são os trabalhadores idosos, com crescimento rápido, na casa dos 60 anos e, que, segundo a ONU, vão triplicar nos próximos 40 anos. Segundo ele, as pessoas na casa dos 70 anos eram 13% e, hoje, já são 19%, ainda atuando em uma variedade de empregos.
Na Europa, é a mesma realidade. Muitos porque gostam e porque querem. “Há 50 anos ninguém sabia do perigo do tabagismo e do alcoolismo. Hoje não. Não podemos falar de cima para baixo com este público. Precisamos estar preparados para atendê-los. “Os intervalos têm de ser maiores, letras mais legíveis nos crachás de identificação. Por viajarem muito, é preciso pensar em como fazer um marketing da cidade e do destino. Como empolgá-los. Jogos e brincadeiras não vão dar certo”, aconselhou.
O professor também descobriu ao trabalhar com a geração Y por 10 anos o desejo de algo a mais. “São os consumidores do futuro, possuem moradia, carros, computadores e roupas. Mas as características não param por aí. São independentes, ambiciosas e não lembram mais da época anterior a da internet. Suas carreiras deram início em vários países, como cidadãos globais”, disse Rob.
Com doutorado no assunto, o estudioso reforça que a geração Y possui consciência do meio ambiente e da sustentabilidade, se preocupa com questões sociais, ética e a justiça. “O mundo está em uma rápida evolução. E uma das maneiras de estar informado das últimas novidades é frequentando as conferências. Gostam do Trip Advisor, de escrever em blogs. É uma geração visual, que presta muito mais atenção na parte gráfica, nos ícones, logotipos. De imagens fortes”, falou.
Rob aconselha a utilização de poucas palavras, e bem escolhidas, imagens fortes, mensagens curtas, porém frequentes. É preciso, antes de mais nada, ampliar a vida do evento, torná-lo mais interessante e tudo on-line. “Muitos julgam a qualidade pelo website, projetado sem ser maçante e com coisas em excesso. A geração Y quer fazer algo, dar algo em troca, fazer a diferença. Gostam da interação, de conversas, tomar café com o palestrante. Precisam estar envolvidos no planejamento. Vai ser uma tarefa difícil para os palestrantes chatos”, brincou o escocês.
Em resumo, as informações precisam ser novas, e a geração Y ainda não sabe como fazer networking. Mais estrutura de gameficação e interessante é fato. Os destinos, por sua vez, quanto mais divertidos melhor, legais, quentes e ousados. Mas com pouco frison. São essenciais as áreas de relaxamento e externas, com máquina de café. “Eles fazem selfie, pois estão orgulhosos de estarem lá. E ficam atraídos por locais diferenciados como navios e galerias de arte”, finaliza Davidson.