Copa deve acrescentar R$ 9,7 bilhões ao PIB e movimentar R$ 20,7 bi
[Por Mercado e Eventos , 20/06/2014]
A visibilidade gerada pela Copa do Mundo impulsiona o turismo internacional – e seus efeitos podem ser observados, a longo prazo, especialmente no país que sediou o torneio, revela um levantamento feito pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC). Prova disso é o ritmo atual de crescimento do setor na África do Sul. Quatro anos depois de receber o Mundial, o país continua comemorando o aumento do número de visitantes. Em 1994, a África do Sul recebia apenas 3,6 milhões de turistas, de acordo com o Ministério de Turismo e Imigração da África do Sul. Em 2012, foram 13,5 milhões.
A atração que o país passa a ter – e o consequente acréscimo de turistas – se explica pela superexposição do país ao sediar o torneio. “O Mundial de futebol é um evento de grande visibilidade, com capacidade de gerar um ciclo virtuoso para o setor”, disse o ministro do Turismo, Vinicius Lages.
Esta exposição deu novo ânimo ao turismo na África do Sul. No ano da Copa (2010), o setor acrescentou US$ 8,4 bilhões ao PIB. No ano seguinte ao Mundial (2011) foram US$ 11,4 bilhões, de acordo com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo. Apenas durante os 30 dias do Mundial, o número de turistas aumentou em 42,7%. O “efeito Copa” foi parecido na Alemanha, que sediou o torneio em 2006. Um ano antes do Mundial, o turismo contribuía com US$ 50,6 bilhões. No ano da Copa subiu para 53,7 bilhões. E no ano seguinte chegou a US$57,8 bilhões acrescentados ao PIB.
Na Copa da Japão e da Coréia do Sul, em 2002, o setor passou de US$ 13,1 bilhões (2001), para US$ 14,3 bilhões (2002), ano da Copa; e continuou crescendo: US$ 14,6 bilhões em 2003. A Copa no Brasil deve acrescentar R$ 9,7 bilhões do PIB e movimentar R$ 20,7 bilhões no país, de acordo com estudo do Ministério do Turismo. Os números foram projetados tendo como base os 600 mil estrangeiros e 3,1 milhões de brasileiros que estarão em viagem pelo país durante o Mundial.
Atualmente o país ocupa a sexta posição entre as economias de turismo do mundo, ranking liderado pelos Estados Unidos, com uma renda de cerca de US$ 1,4 trilhões. A China aparece na segunda posição, com uma receita anual de US$ 850,1 bilhões. O Brasil contribui com 3,5% do Produto Interno Bruto, cerca de US$ 77,6 bilhões (R$ 166,1 bilhões). A meta, segundo o Plano Nacional de Turismo é chegar à terceira posição até 2022.