Variedade marca as 13 regiões turísticas da Bahia
[Por MTur, 24/10/2013]
O processo de reorganização dos municípios turísticos em regiões está em fase de conclusão pelos 27 estados brasileiros. Diversos estados já enviaram ao ministério seus novos mapas turísticos, como Alagoas, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. Até o final do mês o Ministério do Turismo divulga o mapa completo do Brasil.
O mapa é elaborado com base nas novas diretrizes do programa de Regionalização, que priorizam a gestão descentralizada, os investimentos em qualificação profissional, infraestrutura, informação ao turista, entre outras. “O mapa da regionalização orienta a atuação de políticas e investimentos do MTur pelo país”, diz Vinicius Lummertz, secretário nacional de Políticas de Turismo.
Assim que o novo mapa for concluído, o MTur classificará o nível de desenvolvimento (que varia de 1 a 3) em cada uma das regiões turísticas e definirá as necessidades de investimento de cada localidade. Confira a seguir o mapa regional da Bahia, que contempla 13 regiões turísticas e 154 municípios.
Costa das Baleias – Situada no extremo sul da Bahia, a Costa das Baleias mistura uma herança indígena e portuguesa. O nome da região deve-se à presença de baleias, especialmente as Jubarte, no período de julho a novembro. O litoral dessa região, marcado por falésias de até 25 metros, é a entrada do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos. Formado por cinco ilhas, com aproximadamente seis mil hectares, o Arquipélago de Abrolhos reúne biodiversidade em um mar de águas rasas e cristalinas, recifes de corais e cavernas submarinhas.
Costa dos Coqueiros – Ao norte de Salvador, margeando o Oceano Atlântico, está a Costa dos Coqueiros. São 193 quilômetros de praias, cercadas de rios e dunas, que abrigam riquezas ambientais únicas ao longo da Estrada do Coco e da Linha Verde, a primeira rodovia ecológica do país.
Caminhos do Oeste – De terreno plano e vegetação típica do cerrado, o Oeste da Bahia é uma região rica, devido ao sucesso do agronegócio: é o principal produtor de grãos do Norte e Nordeste do Brasil. O Oeste Baiano preserva a maioria das suas belezas naturais praticamente intactas: afluentes caudalosos sulcam a região na direção do Rio São Francisco, formando cânions, grutas, vales e veredas, onde é possível se aventurar e contemplar a beleza de cachoeiras, rios, praias fluviais e corredeiras, ideais para a prática de esportes aquáticos. Barreiras é o principal município.
Caminhos do Sertão – Cercada de belezas naturais marcadas pelo clima e vegetação peculiares, o sertão se destaca pela baixa incidência de chuva e sol forte o ano inteiro. A caatinga, vegetação predominante na região, com o seu bioma adaptado às condições impostas pelo clima, surpreende os visitantes. A região possui destinos para o turismo histórico, cultural e religioso. Pelo fato de ter sido palco de importantes fatos históricos, algumas cidades desta região, a exemplo de Canudos, comportam um grande acervo cultural. O Parque Estadual de Canudos, por exemplo, foi palco de várias batalhas da Guerra de mesmo nome. O memorial Antônio Conselheiro comporta achados arqueológicos da região, além de algumas roupas e máscaras usadas na produção do filme “A Guerra de Canudos”, drama dirigido pelo cineasta Sérgio Rezende em 1997.
Lagos e Cânions do São Francisco – Os cânions do São Francisco proporcionam passeios indescritíveis. Uma região propícia aos esportes radicais. Suas águas formam lagos e cachoeiras. O cânion do rio São Francisco tem uma extensão de 65 quilômetros e se inicia em Paulo Afonso onde ficam 17 quilômetros com paredões de até 100 metros de altura.
Chapada Diamantina – Trilhas abertas por garimpeiros revelaram a região de nascentes da Bacia do Paraguaçu, que abriga inúmeros rios caudalosos, cachoeiras e poços de águas cristalinas. Toda a região forma uma grande muralha montanhosa que separa o Vale do São Francisco, a oeste, das terras que vão até o litoral, a leste. Nessa região serrana, encontram-se o Parque Nacional da Chapada Diamantina e outros tantos parques estaduais e municipais, que abrigam e protegem um patrimônio natural com uma biodiversidade muito rica e ainda parcialmente desconhecida.
Costa do Cacau – As belezas naturais e o passado de riqueza das fazendas de cacau foram imortalizados nos romances de Jorge Amado. É na Costa do Cacau que se pode conhecer os cenários do mais importante centro da exportação cacaueira do País, além de experimentar o famoso chocolate da região. Plantado à sombra das árvores nativas, o cacau contribuiu para preservar a pujança da Mata Atlântica, um dos ecossistemas mais ricos em biodiversidade do planeta. Ao longo dos 180 km de estrada asfaltada que unem Itacaré (ao norte) a Canavieiras (ao sul), passando por Ilhéus e Una, o que se vê são magníficos cenários, onde as matas se debruçam sobre praias de areias brancas, lagunas, manguezais e reservas naturais. São seis as unidades de conservação, entre elas a Reserva Biológica de Una, santuário do mico-leão-da-cara-dourada, espécie ameaçada de extinção.
Costa do Dendê – O dendê, que dá nome a essa região, é o fruto do qual se extrai o azeite, base de pratos da culinária baiana. Por toda região, encontram-se os “dendezeiros”, palmeiras de origem africana introduzida no Brasil no século XVI, uma herança da colonização. A Costa do Dendê abriga praias de águas mornas, rios, matas, cachoeiras e trilhas ainda primitivas. Ao longo dos 115 km de litoral fica um arquipélago com 26 ilhas. A maior delas é a Ilha de Tinharé, onde fica Morro de São Paulo, um dos locais mais procurados pelos visitantes. A Ilha de Boipeba é um destino turístico que oferece trilhas ecológicas que passam pela Mata Atlântica. A Baía de Camamu, na porção sul da região, é ideal para a prática do turismo náutico. A Costa do Dendê conserva importantes manifestações culturais como Bumba-Meu-Boi (Ituberá e Igrapiúna), Terno de Reis (Igrapiúna), Terno de Rosa (Ituberá), Esmola de São Benedito, também conhecido como Lindo Amor (Igrapiúna) e zambiapunga (Nilo Peçanha).
Costa do Descobrimento – Localizada no sul da Bahia, a Costa do Descobrimento é assim denominada por ter sido o local onde os primeiros portugueses aportaram no Brasil, em 1500. Já é o segundo destino baiano mais procurado por turistas, atrás apenas de Salvador, capital do Estado. Aos pés do Monte Pascoal, primeira terra avistada por Pedro Álvares Cabral, uma sequência de praias, falésias, recifes de corais, manguezais, matas e rios se estende por 150 km. A marca da cultura ancestral dos primeiros habitantes do Brasil continua viva em toda essa região, presente em diversas tribos, na música e no artesanato. Por ter uma reserva de Mata Atlântica, no ano de 1999, a região foi declarada Patrimônio Natural Mundial pela Unesco.
Vale do São Francisco – Na região, os vinhos finos dão um sabor especial à culinária sertaneja. Essa já é considerada o segundo pólo de produção de vinhos no Brasil. Faz parte do roteiro enoturístico passear pelos vinhedos, aprender a colher uvas e conhecer suas potencialidades, visitar a adega de barris de madeira e conhecer de perto o preparo do vinho. Um dos roteiros é o Vapor do Vinho- Juazeiro- Sobradinho – Casa Nova –incorpora-se a este roteiro a Eclusa, que permite às embarcações vencerem o desnível criado pela barragem, garantido assim a continuidade da tradicional navegação entre o trecho do Rio São Francisco.
Baia de Todos-os-Santos – Salvador, capital da Bahia, é o principal polo turístico do Estado e o segundo destino turístico do Brasil. Não é por acaso: a multiplicidade cultural, originária da fusão de raças e costumes, deu origem, ao longo de cinco séculos de história, a uma das mais fascinantes metrópoles do mundo. Esta multiplicidade, que cativa e encanta visitantes de todos os cantos do planeta, pode ser vista e sentida no semblante da população, no sincretismo religioso, na musicalidade, na riqueza folclórica e histórica, em que a pujança dos povos índios nativos e do colonizador português se harmoniza com a rica herança da cultura africana da cidade com maior população de origem negra do mundo, fora da África.
Sudoeste – A região Sudoeste da Bahia está situada numa faixa do semiárido e tem demonstrado grande vocação para o turismo de negócios e possui paisagens naturais, com trilhas, cachoeiras, rios e cafezais que, juntos, formam mosaicos de rara beleza.