Dados do BEMTUR são apresentados em reunião da Fecomércio
[Por Revista Eventos, 11/10/2013]
Os dados referentes ao primeiro quadrimestre de 2013 do Boletim Estatístico Municipal do Turismo em Porto Alegre e apresentados na reunião do Conselho de Turismo da Fecomércio nesta quinta-feira, dia 10 de outubro, mostraram queda na ocupação hoteleira em Porto Alegre. A taxa média foi de 47,27% nos quatro primeiros meses de 2013. O percentual é 12,56% inferior ao período de janeiro a abril de 2012. Em relação ao último quadrimestre do ano passado, a queda chega a 20,33%, estimulada pela expansão na oferta de apartamentos com os investimentos no segmento de hospedagem.
Entre janeiro de 2012 e abril de 2013, a capital gaúcha recebeu 954 novas unidades habitacionais. Deste total, 443 apartamentos foram incorporados à oferta nos primeiros quatro meses deste ano. Segundo Guilherme Krump, da secretaria Municipal de turismo, a queda também pode ser sentida no fluxo doméstico no Aeroporto Salgado Filho. O número foi de 2.345.560 passageiros, 4,3% inferior aos mesmos meses do período anterior. A queda acompanhou a redução no número de voos, de 4,1% nos 12 meses. No setor internacional, o fluxo de embarques e desembarques foi 38,1% inferior na comparação entre os dois quadrimestres, enquanto o número de pousos e decolagens reduziu em 43,4%.
Na opinião de Abdon Barreto Filho, diretor da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Sul (ABIH-RS), este é um cenário que exige uma sensibilização e um conceito para se tentar criar novas estratégias a fim de que a capital gaúcha não perca oportunidades na captação de eventos. Pelas estatísticas apontadas pelo BEMTUR as maiores taxas de ocupação na hotelaria ocorreram entre segundas e quintas-feiras, confirmando o poder gerador de fluxo do turismo de negócios, feiras, congressos e também de eventos esportivos e shows realizados em dias úteis.
Exemplo disto é o mês de março, quando a ocupação de leitos alcançou o pico de 82,42% no dia 13 do mês, durante a FIMEC, feira do setor coureiro-calçadista realizada em Novo Hamburgo entre os dias 12 a 15 daquele mês. “Na realidade, tivemos um incremento. No início do ano foi muito ruim, entre abril e maio aumentou o número de eventos e agora, o que não foi feito em janeiro e fevereiro está sendo realizado neste segundo semestre. Teve esta oscilação, os chamados dias azuis, uma queda na área e, consequentemente, nas hospedagens”, avalia Ana Cláudia Bitencourt, presidente da ABEOC Brasil/RS.