Curitiba terá R$ 50 milhões do PAC do Turismo para construir centro de convenções
[Por BemParaná, 29/05/2013]
Curitiba vai receber R$ 50 milhões do Ministério do Turismo para a construção de um centro de convenções e feiras. O repasse foi confirmado pelo ministro do Turismo, Gastão Vieira, em telefonema ao prefeito Gustavo Fruet. Os recursos são do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) do Turismo.
Ter um amplo centro de convenções e feiras é uma das maiores demandas do turismo em Curitiba e, por isso mesmo, a construção desse empreendimento já constava no plano de governo da atual gestão. Segundo o superintendente do Instituto Municipal de Turismo (Ctur), Paulo Colnaghi, o empenho desse recurso pelo governo federal é uma grande conquista para Curitiba e vai elevar a cidade a outro patamar na área do turismo. “Desde a primeira semana de gestão estamos em constante contato com o Ministério do Turismo em busca desses recursos. Em menos de um ano de mandato, damos um passo importante para cumprir o maior compromisso desta administração na área de turismo”, afirmou.
A construção do novo Centro de Convenções e Feiras vai recolocar a capital paranaense na rota dos grandes eventos. Curitiba já ocupou a terceira posição no ranking das cidades brasileiras em turismo de negócios, porém com o fechamento do Estação Convention, o município perdeu posições e hoje não está nem entre os dez principais destinos.
O novo Centro de Convenções e Feiras de Curitiba vai ser construído em módulos e, portanto, terá a possibilidade de acoplar novas áreas com o decorrer do tempo. O valor de R$ 50 milhões liberado pelo governo federal será destinado para a primeira fase do projeto, que vai englobar a construção de um grande pavilhão (de 10 mil metros quadrados) para a realização de feiras, um centro de convenções com auditório para 2.800 pessoas e mais 20 salas menores de apoio para a realização de palestras e oficinas, além do grande diferencial do projeto: a construção da Escola de Eventos para a formação de profissionais para suprir a demanda que os eventos vão gerar. Na escola, serão realizados cursos para a formação de sonoplastas, cenógrafos, montadores de estande, entre outros.
O projeto total do Centro de Convenções e Feiras da Prefeitura alcança o valor de R$ 140 milhões.
Localização
A área para a construção do empreendimento ainda não foi definida pela Prefeitura de Curitiba. Três locais estão sendo analisados, conforme adiantou Colnaghi. “Não posso divulgar as áreas para que não desperte especulação imobiliária na região, já que um anúncio desse porte vai gerar impacto no entorno”, explicou.
A forma de administração do empreendimento também está sendo estudada pela Prefeitura. “Estamos fazendo uma pesquisa para descobrir a melhor forma de gerenciamento. Entre as alternativas estão uma parceria público-privada, Oscip, organização social. Essa questão ainda será discutida com a Secretaria de Planejamento”, disse.
Outra possibilidade que vem sendo discutida pela Prefeitura é a abertura de um concurso para realizar o projeto arquitetônico do novo Centro de Convenções. “É um conceito que estamos amadurecendo. Seria feito um convite para a participação de escritórios de arquitetura para a elaboração desse projeto. Uma participação mais direta da sociedade”, comentou o superintendente.
Economia
A cidade perde economicamente sem um grande centro de convenções. Hoje Curitiba não tem espaço para a realização de grandes congressos, com mais de 3 mil pessoas. “Mais da metade desse pessoal vem de fora e o turista de negócios é comprovadamente aquele que mais gasta. Em média, 120 dólares por dia, enquanto o turista tradicional gasta em média 89 dólares. Fora toda a estrutura que envolve a realização de um grande evento”, avaliou.
Pelos dados de 2011, Curitiba recebe por ano 3,6 milhões de visitantes. Com a realização da Copa do Mundo, da divulgação da cidade no país e no exterior e com o Centro de Convenções em pleno funcionamento até 2015, a expectativa é ampliar muito o número de visitantes à capital. “Todos esses fatores somados vão alavancar o turismo e a economia da cidade para os próximos anos”, analisa o superintendente do Ctur.