Falta de espaço é principal entrave
[Por Folha PE, 16/10/2012]
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) pernambucano, que vem registrando índices superiores ao do País, fortalece as mais diversas cadeias produtivas da economia do Estado. Dentro dessa realidade figura o setor de eventos que, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc), em todo o País, apresentou crescimento de 43% em 2011 em relação a 2010.
Em Pernambuco, a falta de espaços que comportem grandes eventos é o principal entrave para que este desenvolvimento seja ainda maior.
O assunto foi discutido na noite de ontem durante a Reunião Estadual da Abeoc Brasil Pernambuco – entidade formada por 38 empresas do setor de eventos do Estado – com integrantes dos Conselhos de Turismo de Pernambuco, do Recife e da Fecomércio, além de representantes do Governo. “O mercado de eventos está aquecido e vem crescendo, sobretudo no segmento cooperativo”, afirmou a presidente da Abeoc Brasil Pernambuco, Tatiana Marques. “Hoje, só existem cinco hotéis em Pernambuco onde conseguimos fazer eventos para 300 pessoas. O Centro de Convenções, que comporta 2,8 mil pessoas, está obsoleto. Já o centro de convenções da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) precisa ser requalificado”, considerou. “Queremos discutir como fomentar investimentos públicos e privados para atender à essa demanda, que, se solucionada, pode gerar empregos e renda. A arena multiuso e os hotéis que estão sendo construídos na Cidade da Copa podem ajudar a suprir a nossa necessidade”, completou.
CADASTUR
Ainda na pauta do encontro, a discussão da lei 11.771 de 2008 e do Decreto Lei 7.381, de 2010, conhecidos como “Lei do Cadastur”. De acordo com os textos, para organizar eventos é preciso que a empresa prestadora de serviços seja cadastrada no Ministério do Turismo. Segundo Tatiana, a falta de registro no Cadastur pode ocasionar prejuízos fiscais, uma vez que muitas das empresas organizadoras não pagam seus impostos. “A lei não é aplicada como se deve em Pernambuco, onde a maioria das licitações públicas não cobram o registro. Vamos cobrar ações dos governos para mudar isso”, acrescentou.