Empresários do turismo defendem união do setor em prol de capacitação
[Por Mercado e Eventos, 09/11/2011]
Os Megaeventos esportivos que o Brasil receberá dentro de alguns anos – Copa do Mundo e das Confederações e Olimpíadas – devem mais de 80% de seu impacto econômico ao turismo corporativo. Foi esse tema que reuniu os membros do Conselho de Turismo da Confederação Nacional do Comércio, Bens e Serviços na tarde de hoje (9), no Rio de Janeiro. Entre os palestrantes, Viviânne Martins, presidente da ABGEV (Associação Brasileira de Gestores de Viagens Corporativas), Margareth Sobrinho Pizzato, presidente da ABARCCEF (Associação Brasileira de Centros de Convenções e Feiras), Salvador Saladino, presidente da Bito (Brazilian Incoming Travel Organization) e João Luiz dos Santos Moreira, presidente da CBC&VB (Confederação Brasileira de Convention & Visitors Bureau), as opiniões convergiram para a necessidade de interação de todas as associações do turismo e criação de um plano de ação conjunto, que apresentaria propostas ao Governo Federal.
“O empresariado brasileiro precisa mostrar o que tem que ser feito e reconhecer que o treinamento de nossos empregados precisa mudar”, alertou o vice presidente do conselho da CNC Eraldo Alves da Cruz. A capacitação foi justamente apontada como uma grande preocupação do trade, podendo se mostrar um entrave durante as competições. “O Comitê Olímpico Internacional está preocupado com a capacitação”, acrescentou Eraldo. “Tem um universo de estudantes capacitados que gostaria de vir para o Rio trabalhar nas Olimpíadas, e eles devem ser aproveitados. Confiamos na nossa simpatia, mas temos que ser profissionais”, finalizou.
Para Viviânne Martins, é do empresariado que deve partir toda a pressão em torno de iniciativas de qualificação. “As decisões devem ser tomadas de cima para baixo. Só assim conseguiremos conscientizar, harmonizar e treinar”, enfatiza. “Nossa capacidade já está estourada, tanto de infraestrutura quanto humana. Mas prefiro ser otimista.”, ponderou. Dentro da mesma lógica, Gérard Bourgeaiseau, dos Hotéis Windsor, considerou a proposta aceitas a proposta de mão de obra qualificada oferecida pela Espanha – que se prontificou a enviar para o Brasil pessoal qualificado para trabalhar na Copa – um “tiro no pé”.
Já Anita Pires, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Eventos (Abeoc), propôs uma mesa redonda que envolveria Sebrae, Senai e Sesc, e cujo foco seria discutir, de forma unificada, ações de capacitação. “O Senac começou a se preparar para a Copa em 2008. Está bem equipado”, replicou Nely Abaurre, representante do Senac.