Atenção parlamentares e dirigentes de turismo!! #pormaisleisinteligentes
[Por Eduardo Jorge Costa Mielke, Revista Eventos, 11/04/2017]
Destinos Inteligentes lastram-se em leis inteligentes, certo? Pois é…
Quando vejo Projeto de Lei (PL) de COMTUR feitos no crtC-crtV para cumprir tabela, ou que cria FUMTUR sem base de recursos, ou ainda que criam Rotas Turísticas sem o mínimo de relação com o mercado… Bah! Credo, que balaio!! Até quando teremos que ver o Turismo tão na prateleira de baixo assim?
Se você é Vereador, Deputado ou Assessor de algum, mais importante do que aprovar uma Lei é o seu processo de construção de uma. Aqui vai a orientação: Quem faz da Rota Turística da Cerveja, da Castanheira, da Cachoeira ou do Vinho um sucesso é o mercado, e não uma Lei aprovada. Pare de consultar individualmente as partes dos diretamente envolvidos e comece a mediar discussões sobre possíveis soluções.
Para isso, convide as Associações e Sindicatos Patronais de Turismo, operadoras e agências de Turismo, e o Poder Executivo para o debate. São tantas pessoas que você irá se surpreender! Lembre-se que você estará lidando com empresários. Aproveite isso! Promova um calendário de eventos entorno do tema do PL. Use-o como sua estratégia política e operacional. Pare de subir no palanque sozinho. Lei se resultado? Ninguém mais compra. E este mesmo raciocínio serve para Conselhos e Fundos Municipais de Turismo.
E se você é dirigente de uma Associação de Turismo e me lê, não espere. Não chegue atrasado. Sua atitude é o que seus associados esperam de você. Por isso, aqui vai a orientação: Olhe nas Comissões de Turismo e veja quem são os membros que mais tem a ver com os objetivos da entidade e o convide para conversar. Se não tem ninguém, escolha um e mostre a força do empresariado, incluindo as reuniões com os parlamentares dentro do calendário de atividades da sua entidade. Isto tem um nome: chama-se Agenda Legislativa. É para isso que serve sua entidade. Este é o seu papel e se acha que não dá conta, saia do muro. Pense nisso.
Textos motivados por interesses pontuais ou que não me passem a clara percepção da existência prévia do diálogo, não servem. E cada vez mais iremos ver o Estado como um todo, ser questionado, independentemente da bandeira partidária que carrega. Na era facebookeana onde tudo pode ser compartilhado para o bem ou para o mau, já chegou a hora de legisladores, executivos, entidades e empresários do turismo começarem a falar um pouco da mesma coisa.
Todos ganham, e para aqueles que me seguem, esta também é uma das facetas do “Cooperar para Competir”. #PORMAISLEISINTELIGENTES. Pense nisso.