Pesquisa aponta modificação no perfil dos turistas que chegam ao litoral catarinense; confira
[Por Hôtelier News , 28/03/2017]
Buscando a compreensão do cenário turístico de Santa Catarina, a Fecomércio realizou um levantamento em busca do perfil dos viajantes que chegam ao Estado. A pesquisa Turismo de Verão 2017 colheu dados em cinco destinos fundamentais para o turismo da região – Florianópolis, Balneário Camboriú, Imbituba, São Francisco do Sul e Laguna – e identificou modificação no tipo de visitantes que buscam o Estado.
O principal viés de mudança constatado na pesquisa se dá pela classe social do turista que se faz mais presente no litoral do Estado. Enquanto as classes A e B reduziram a sua participação, a C continua predominante (55% ) e a D avança, passando de 6% em 2016 para 13% em 2017. Esse comportamento se repetiu em todas as cidades: São Francisco do Sul de 6% para 17%, Florianópolis de 7% para 16%; Imbituba 2% para 10%; e Balneário Camboriú de 8% para 11%. Estes dados não foram apurados no ano anterior em Laguna.
Quase a metade dos turistas é composta pela faixa etária de 31 a 40 anos e de 41 a 50 anos. Apesar deste indicador não apresentar muita variação anualmente, 2017 mostrou o aumento de 3,5% nos turistas acima de 60 anos, de 6,2% para 9,7%. Destaca-se o percentual de casados ou em união estável (59,8%) nesta temporada, dado reforçado pelo grupo de viagem predominantemente composto por família (60,7%) e casais (21,8%).
A participação dos argentinos entre os turistas estrangeiros também caiu de 18,1% para 10,7% neste verão. No destino favorito dos “hermanos”, a capital de SC, a fatia recuou de 32,7% em 2016 para 19,8% este ano. Na percepção do empresariado do setor hoteleiro, 40,9% dos hóspedes eram estrangeiros, quase dez pontos percentuais a menos do que no ano anterior (50,5%).
O tipo de hospedagem mais utilizado pesa no gasto médio na temporada. Este ano, os turistas desembolsaram em média R$ 3.085,26 no período e foram mais econômicos nos gastos neste quesito (R$2.306,92 em 2017, frente a R$ 2.651,07 em 2016).
Em Imbituba, 60,7% ficaram hospedados em hotel. Já em Laguna, 36,6% tem imóvel próprio. O alto índice de imóvel alugado (54,1%) chama atenção em São Francisco. Em Florianópolis, a opção para baratear as férias foi a hospedagem na casa de amigos/família (34,2%).
O tempo de permanência no destino subiu para 13,6 dias em 2017, puxado pelo percentual de turistas alocados em imóveis próprios, no qual a estada é de 27,7 dias.
Impactos para a hotelaria O setor de hotelaria registrou retração do faturamento em relação ao ano anterior (12,5%), a primeira queda desde 2013. Na comparação com os demais meses, o segmento teve aumento de 37,1%, o menor da série histórica. O gasto médio por cliente nos estabelecimentos foi de R$ 645,53, com taxa de ocupação dos leitos de 75,5% – a menor nos últimos cinco anos.