Especialista diz o que esperar do setor de eventos para o 2T15
[Por Mercado e Eventos, 21/07/2015]
O ano não começou fácil. A crise econômica mundial fez com que as empresas se retraíssem e reduzissem drasticamente suas verbas com treinamentos e eventos corporativos. Para resistir a esta mudança de cenário, o consultor de hotelaria Luxo e CEO do Grupo HEL, Fabrício Granito, sugere muita criatividade e adequação.
Com mais de 550 eventos corporativos realizados em 2014 pelo Grupo Hel, o empresário percebeu que este número reduziu em pelo menos, 60%. “O ano anterior já havia sido difícil. O dólar disparou, o desemprego aumento, o país parou com a Copa do Mundo e até por eleições passamos. Com tudo isso, natural que experimentássemos um corte brusco de supérfluos este ano. E, muitas vezes, as empresas veem os eventos Corporativos e Treinamentos como algo não essencial”, completa.
Mas Fabricio Granito pensa diferente. “É na crise que se vira o jogo”, afirma ele, que indica a pesquisa por novas tendências e a criatividade como principais saídas para este momento de crise.
O MERCADO & EVENTOS conversou com o consultor para entender um pouco da estratégia de sua empresa para este ano, que conseguiu passar pelo primeiro semestre de 2015 com resultados melhores que o esperado. “Sabemos que o segundo semestre não será fácil, mas existem saídas. Identificar oportunidades e se adequar a elas estão no topo da lista”, alerta.
Investir em eventos de prospecção de clientes – “Realizamos no primeiro semestre de 2015 mais de 12 eventos de prospecção, onde convidamos diretores de RH , Comunicação e Marketing de grandes empresas para conhecer nossos novos produtos e alternativas para adaptar seus eventos com orçamento mais apertado”, diz.
Criatividade é fundamental – “Lançamos novos produtos para eventos corporativos, entre eles o Team Building Musical e de Carnaval, uma dinâmica onde os participantes montam uma banda ou uma Escola de samba inteira em apenas uma hora. Com estas demonstrações, encantamos nossos clientes, que ficam ansiosos por levar estas novidades para seus colaboradores”, destaca.
Adequação e busca por alternativas – “É preciso também usar a criatividade para adequar os eventos à atual realidade. Eventos menores, menos luxuosos, com utilização de material reciclado, além de parcerias com a Rede Hoteleira, mais de 3000 hotéis e resorts em todo Brasil, para conseguir descontos e tarifas diferenciadas para empresas. Também é o momento de apostar nos workshops de treinamento, com menos glamour e mais conteúdo. Este ano, por exemplo, lançamos uma nova empresa Design Travel e juntos estamos trazendo para o mercado do Rio e de São Paulo um dos maiores ciclos de palestras de design thinking para executivos, parceria com o Club Med de Punta Cana com Team Building com o Cirque Du Soleil para os executivos e visitas ao Vale do Silício nos Estados Unidos para os grandes CEOS das principais empresas do Brasil, conhecerem as novidades do mercado .
“Ficar atento às tendências internacionais é muito importante. Infelizmente ou não, o mercado brasileiro ainda se inspira muito no que acontece lá fora. Novos produtos e formatos de feiras e eventos, decorações sustentáveis, enfim, há muito o que pesquisar em outros países”, finaliza.