Os Drones estão com tudo na atualidade
[Por Andréa Nakane, Revista Eventos, 31/05/2015]
Por drones, termo em inglês que significa zangão, compreende-se um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) ou Veículo Aéreo Remotamente Pilotado (VARP), também chamado UAV (do inglês Unmanned Aerial Vehicle, é todo e qualquer tipo de aeronave que não necessita de pilotos embarcados para ser guiada. Esses aviões são controlados a distância por meios eletrônicos e computacionais, sob a supervisão e governo humanos, ou sem a sua intervenção, por meio de Controladores Lógicos Programáveis (CLP).
Instrumentos controladores de fluxo de participantes, apoio em segurança por meio de fotos aéreas essas são algumas das possibilidades do uso de drones em eventos. Os drones tem sido muito adotados por fotógrafos e cinegrafistas como suporte para câmeras com o objetivo de fazer imagens aéreas de casamentos, atividades esportivas e outras festividades. No Brasil, é possível comprar alguns modelos em lojas específicas por valores que partem dos R$ 2 mil. Muito leves,esses aparelhos costumam ter baterias bem pequenas, o que reduz sua autonomia de voo.
Há outros usos em estudo, alguns até inusitados, como o que foi desenvolvido pela a Infinium Robotics que anunciou planos para usar drones como equipe de garçons em restaurantes e em eventos, além de serem usados como meios para entrega de produtos e serviços.
Outra possibilidade é em eventos com grandes públicos, seu uso para aumentar a interação com o público, sendo o mesmo utilizado como uma espécie de microfone para a realização de perguntas, sem ter que disponibilizar de uma equipe por todo o espaço do evento ou solicitar aos que tenham perguntas se dirijam a determinados locais.
A questão desafiadora é justamente seu controle e a responsabilidade de tal uso. Há um número expressivo de drones que estão em operação no Brasil sem que exista fiscalização para seu uso.
No final do ano passado, a ANAC aplicou classificações para cada tipo de aeronave, que foram separadas entre as que pesam de 150kg em diante (classe I), de 25kg a 150kg (classe II) e de 0kg a 25kg (classe III). A categoria que tem regras mais flexíveis é a III, que prevê a liberação do voo à altura máxima de 120 metros. Qualquer um com treinamento do fabricante poderá operar um drone desses, contanto que as pessoas sob o local do voo sejam avisadas.
Quando a operação ocorrer em ambiente aberto, deve haver sinalização para avisar os presentes de que, estando ali, concordam com os riscos. Os voos precisam ocorrer a pelo menos 5km dos aeroportos e, para operar um drone longe do alcance de visão, será necessário obter licença e habilitação da Anac, informando uma série de dados como características da aeronave, trajeto do voo, capacidade de comunicação etc). Mas como estamos no Brasil… sabemos que mesmo com leis…. sem fiscalização… nada é 100% garantido.
Quem não se lembra nesse ano do caso do G.R.E.S Portela e seus mini drones pela Sapucaí?
As autoridades temem ainda o risco de colisão com aviões e obstáculos aéreos, assim como o risco de que o equipamento caia sobre áreas habitadas, colocando em risco a vida de pessoas em solo, provocando ferimentos e até mesmo mortes.
Enquanto isso, mundo a fora, já são inúmeros os casos de acidentes com os drones. O mais recente atingiu o cantor espanhol Enrique Iglesias, de 40 anos, que sofreu ferimentos na mão causados por um drone durante um show no último sábado, 30 de maio, na cidade mexicana de Tijuana.
Enrique tentou pegar o drone que costuma sobrevoar o local para oferecer ao público imagens diferenciadas do palco. Mas o cantor não segurou bem o aparelho, que acabou causando ferimentos nos dedos de sua mão direita.
Ele foi atendido imediatamente para que a hemorragia fosse contida, e retornou ao palco para concluir o show, que fez parte da turnê “Sex and Love”. Fãs de Iglesias publicaram nas redes sociais centenas de fotos do acidente. O cantor foi transferido, após o show para Los Angeles para um melhor atendimento ao caso.
Faltam ainda muitas informações para ambos os lados: para quem contrata, para quem os controla e também para o público envolvido.
A discussão é importante e não dá mais para esperar já que logo, logo os drones invadirão com maior propriedade nossos eventos e precisamos estar prontos para eles!