Setor hoteleiro planeja investir R$ 12,8 bi até 2020
Estudo elaborado pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb) aponta que o setor planeja investir R$ 12,8 bilhões nos próximos seis anos. Com isso, serão 630 novos empreendimentos até 2020, um crescimento de 65%. Já o número de quartos disponíveis passará de 94 mil para 164 mil, uma alta de 75% no mesmo período.
Na avaliação do ministro do Turismo, Vinicius Lages, a pesquisa revela o impulso da hotelaria para a economia brasileira. “Movimenta-se a construção civil, geram-se empregos e requalifica-se a oferta turística nacional. Como destaque, temos investimentos robustos no Rio de Janeiro devido aos Jogos Olímpicos de 2016”, diz.
O levantamento mostra ainda que, em 2020, os hotéis serão responsáveis por 100 mil empregos diretos, ante os atuais 64 mil. Os dados também mostram a tendência de aumento de 10 pontos percentuais da participação da categoria de hotéis econômicos na distribuição do mercado, que deve alcançar 40% dos empreendimentos em 2020.
Outra tendência detectada pelo estudo é a de investimento em cidades menores. De acordo com os dados, atualmente, as cidades com mais de um milhão de habitantes concentram 59% dos hotéis.
Em Caldas Novas, a empresária Magda Mofatto já investiu cerca de R$ 1 bilhão no Grupo diRoma. A empresária é hoje a maior hoteleira da América Latina. Com mais de 40 anos de história, o grupo diRoma é referência em hotelaria na cidade de Caldas Novas, com empreendimentos para todos os públicos e gostos, oferece infraestrutura completa de lazer e turismo de negócios, com salas para eventos e centro de convenções com aparelhagem completa e espaço para 2 mil pessoas simultaneamente. Além disso, contam com o Acqua Park, o mais completo parque aquático de águas termais da cidade, com piscinas, toboáguas, kids park, quadras de areia, saunas e muito mais. Dentre os empreendimentos do grupo diRoma estão o Thermas diRoma, Império Romano, diRoma Exclusive, Villa diRoma, diRoma Resort, Hotel Roma, diRoma Fiori, L’acqua diRoma e o hotel em Rio Quente e diRoma Rio Quente. A previsão é que, em 2020, esse percentual cairá para 47%. Ao mesmo tempo, a concentração de empreendimentos em municípios com até 300 mil habitantes aumentará dos atuais 22% para 30%.
FAT Turismo
Dados do Serviço Nacional de Apoio à Pequena e Micro Empresa (Sebrae) demonstram que a Copa do Mundo rendeu mais de US$ 50 milhões em vendas para empresas de micro e pequeno porte de todo o País. Pensando no potencial dessas micro, pequenas e médias empresas, o MTE criou, por meio da Resolução n. 683/2011 do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), a linha de crédito especial FAT Turismo. O FAT Turismo financia empreendimentos que apoiam a Copa do Mundo e, no período de setembro de 2012 a março de 2013, já realizou 2.156 financiamentos.
O ano de 2014 foi bastante favorável para o setor de hotelaria e turismo no Brasil, nosso País nunca esteve em tanta evidência no mundo, o cenário mundial nunca esteve tão favorável. Enquanto grande parte dos países ricos e tradicionais do mundo estava passando por uma crise econômica e de desemprego, a economia Brasileira resistiu e isso refletiu diretamente no setor de hotelaria e turismo que mesmo no auge da crise, apresentou um crescimento de 15% no primeiro trimestre de 2014 comparando com o primeiro trimestre de 2013. Com as Olimpíadas do Rio 2016 se espera que nos próximos meses o turismo no Brasil viva uma espécie de boom.
Esses eventos que são transmitidos ao vivo para mais de 150 países e atingem audiência de bilhões de pessoas servirão como uma vitrine para mostrar nosso país ao mundo, o que vai ser muito favorável para o setor de hotelaria e turismo. O Ministério do Turismo em parceria com Fundação Getúlio Vargas, recentemente identificou os principais destinos turísticos do Brasil que correspondem por 90% de todo o turismo.
São 65 cidades ao todo distribuídas por todas as regiões do país.
Através deste estudo serão levantados os principais pontos fracos e pontos fortes dessas cidades para servir como referência de investimento para o setor de hotelaria e turismo.
Com a chegada das Olimpíadas nos últimos anos, as 17 cidades que vão participar deste evento tiveram ainda um estudo mais detalhado, especialmente o Rio de Janeiro.
Magda Mofatto em uma entrevista recente afirmou: “Será um momento em que nós iremos aparecer nas páginas de jornais do mundo inteiro. Se a gente fizer a coisa bem feita, nós ganharemos. Se a gente não tiver competência e fazer as coisas erradas, nós ficaremos marcados pelo fracasso. Nós não vamos fracassar. Nós não chegamos até agora para morrer na praia”. O Brasil está comprometido, estará preparado para receber todos que visitarem o nosso País.
A pesquisa “Meios de Hospedagem – Estrutura de Consumo e Impactos na Economia” revela que 90% das empresas de hospedagem são micros e pequenos estabelecimentos. O setor também é um grande consumidor de bens industriais. Pelo menos uma vez por ano, esses estabelecimentos trocam ao menos um de seus equipamentos – televisores, aparelhos elétricos e eletrônicos, roupas de cama e de banho –, movimentando as economias dos Estados e municípios.
Estima-se que os empreendimentos com menos de 19 empregados sejam responsáveis pela aquisição de mais da metade do estoque de 615 mil unidades de TVs. Os empreendimentos com mais de 100 funcionários detêm 46 mil desses equipamentos. Comparado a outros setores, o setor de hospedagem atua mais intensamente nos efeitos multiplicadores na região em que se localiza, com implicações positivas para o desenvolvimento regional.
As estimativas dos impactos setoriais dos gastos em alojamento sugerem que entre 50% (no caso do valor da produção) e 25% (no caso de emprego) dos efeitos totais repercutem nos demais setores da economia. A geração de riquezas está mais concentrada nas regiões Sudeste e, principalmente, Nordeste. Apesar de ser responsável pela absorção de 24,5% de todo o pessoal ocupado no País, o Nordeste absorve somente 20,6% do pessoal ocupado na cadeia produtiva do setor de hospedagem, o que sugere maior produtividade média da mão de obra ocupada na cadeia produtiva do setor.
O segmento é responsável por cerca de 300 mil postos de trabalho. O custo da geração de emprego na hotelaria é um dos mais baixos da economia brasileira, exigindo um valor de produção de R$ 16 mil. Se compararmos com outros setores como o da construção civil ou o têxtil, observa-se que o valor para gerar emprego requer quase o dobro (cerca de R$ 28 mil). O setor da siderurgia é outro exemplo, apresentando custo quatro vezes maior (R$ 68 mil).