Inovação no perfil de negócios é foco da indústria de eventos
[Por Meu Guru, 12/03/2015]
A nova geração de gestores e funcionários empresariais exige inovação no quadro de feiras e eventos realizados para este público. Inovar o modelo de negócio, a estrutura dos eventos e investir em capacitação, passou a ser o principal foco das companhias da indústria de feiras corporativas.
Paul Woodward, diretor-geral da Associação Global da Indústria de Exposições (UFI), durante o 4° Fórum do Setor de Feiras e Eventos, realizado este ano pelo Grupo Radar, confirmou, “A nossa indústria é conservadora, atualmente. Se o mercado não inovar o modelo de evento atual, não conseguirá atingir novos clientes”.
Para ele, a nova comunidade de gestores tem menos disposição em ir a um local para tentar procurar algo de seu interesse, podendo desta maneira, afetar grandes feiras. “Então temos de inovar o método de apresentar o evento, seja por meio de tematização ou dando recursos de experiência”. O especialista completa, ainda, que o espaço pode ser usado de forma mais imaginativa.
Woodward afirma que não basta só conhecer o nicho de mercado, é necessário repensar os atuais modelos e, talvez, fragmentar os eventos para que sejam mais personalizados, “Às vezes não sabemos como fazer uma feira, mas sabemos sobre o nicho de mercado. Então juntamos um monte de conteúdo e colocamos lá”, brinca ele.
Profissionais Qualificados
A capacitação de profissionais é um dos grandes desafios que exige atenção dos empresários. O presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Juan Pablo de Vera, explica, “Devemos pensar no crescimento do mercado nas grandes cidades”.
Para ele, a expansão do setor está ligada a exigência de uma especialização mais profunda. Entretanto, no Brasil este fator possui o desafio do recrutamento. “Muitas vezes as instituições de ensino não incentivam ou mencionam o segmento. Mas a geração de graduados e pós-graduados envolve uma grande oportunidade e trazê-la para o nosso setor é prioridade.”
“As pessoas entram no setor de paraquedas e apostam nele, mas precisamos aproximar as empresas das universidades”, diz Paul, da UFI. O especialista completa que a perspectiva de crescimento do setor no País é positiva e deve aumentar pelos próximos 10 anos. “São Paulo deve continuar sendo polo, mas o mercado deverá se regionalizar”.
Em relação à capacitação, a Academia Brasileira de Eventos apresentou uma nova proposta para instituições como FAAP, FGV, ESPM, Anhembi Morumbi e Senac, onde propões parceria com empresas do setor proporcionando uma oportunidade de capacitação fora do País.
Sergio Pasqualin, presidente do Expo Center Norte e da Academia, explica: “A ideia é aproximar as universidades das empresas, além de investir na capacitação da mão de obra do setor”. Segundo ele, o mercado possui um modelo de negócio tipicamente brasileiro e isso tem dado certo, mas precisa de mão de obra especializada.