Viagens corporativas crescem 9,2% e geram 9 mil novos empregos
[Jornal de Turismo, 24/02/2015]
Em 2014 o segmento de viagens corporativas foi responsável por injetar R$ 75,93 bilhões na economia do País e por gerar 9 mil novos postos de trabalho, segundo a pesquisa Indicadores Econômicos das Viagens Corporativas (IEVC).
Os dados foram apresentados no primeiro dia do Latin American Corporate Travel Experience (Lacte), evento do segmento de viagens corporativas realizado nos dias 23 e 24 de fevereiro, em São Paulo.
O IEVC é promovido pela Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev) e pelo Senac-SP em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e com o apoio da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp).
O secretário Executivo do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da CNC, Eraldo Alves da Cruz, representou a Confederação no lançamento da pesquisa, que teve a presença do presidente da Alagev, Eduardo Murad Jr., da presidente do Conselho da Alagev, Viviânne Martins, do presidente da Abracorp, Edmar Bull, e da gerente do Senac Irecê Piazentin.
Apesar do aumento de 9,2% na receita de 2014, em relação a 2013 o indicador demonstra desaquecimento, se comparado a 2013, quando o segmento teve um incremento de 13,8% na receita.
As projeções para 2015 são de um crescimento de 8,17%. O IEVC mede a receita operacional recebida com a prestação de serviços aos clientes corporativos em suas viagens.
Em 2014 o segmento de transporte aéreo foi responsável por mais da metade (52,8%) dessa receita, seguido por hotelaria (responsável por 28,6%), locação de carros (5,87%), alimentação (5,26%), agenciamento (4,83%) e tecnologia (2,59%).
Ao todo, o setor é responsável por 752 mil empregos diretos e indiretos, representando 24% do total de postos de trabalho do segmento de viagens e turismo no Brasil.
A pesquisa, realizada com as 1.100 maiores empresas no Brasil, mostrou que 61,5% delas pretendem reduzir os gastos com viagens corporativas, e só 23% vão manter os mesmos valores do ano passado. “Sabemos que será um ano difícil.
O que precisamos fazer é intermediar o diálogo entre clientes e fornecedores, para que eles comprem e vendam melhor. Cortar custos não resolve; é preciso negociar melhor, de forma inteligente”, afirma Murad Jr.