Qualificação eleva salários do turismo em Santa Catarina
[CNC, 20/02/2015]
A Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte de Santa Catarina estima que até março o Estado deverá receber 5,8 milhões de turistas nesta temporada de verão, o que demonstra a importância do setor turístico para a economia catarinense.
Para orientar os empresários do setor em suas estratégias de crescimento de competitividade, a Fecomércio-SC reuniu informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, acerca do mercado de trabalho do turismo em Santa Catarina.
Os números revelam que os trabalhadores do setor turístico obtiveram, entre 2007 e 2013, um aumento significativo do salário médio real (47,6%), bem acima da média dos demais setores (25%), muito por causa da busca pela qualificação profissional.
Segundo os dados do Caged compilados pela Federação, dos 85 mil trabalhadores empregados no setor turístico, 20,6% têm entre 18 e 24 anos – na média total do mercado de trabalho catarinense, essa proporção é de 19,6%. No setor turístico, os que têm entre 30 e 49 anos representam 46,2% do total.
O Vale do Itajaí concentra a maior parte dos trabalhadores do turismo em Santa Catarina em 2013 (31,3%), seguido de perto pela Grande Florianópolis (30,2%). Em ambas as regiões estão os principais destinos turísticos de Santa Catarina: Balneário Camboriú e Ilha de Santa Catarina.
A carga horária da maioria dos trabalhadores (86,2%) contratados corresponde à legislação brasileira de 44 horas semanais. Em seguida, aparecem os trabalhadores que trabalham entre 31 horas e 40 horas, com 7,9%, e os que trabalham entre 21 horas e 30 horas (3,4%).
ara mensurar a sazonalidade do setor, foi comparado o saldo líquido de vagas (diferença entre admissões e demissões) do setor durante agosto de 2013 e julho de 2014 – um período de 12 meses – e entre somente os meses ditos de alta temporada, entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014.
As regiões que mais sofrem com a sazonalidade são, naturalmente, as que concentram a maior parte da mão de obra empregada no setor: Vale do Itajaí e Grande Florianópolis. Nos meses de alta temporada, essas regiões criaram 1.104 e 1.240 vagas, respectivamente, enquanto, na soma geral do ano, o Vale do Itajaí criou apenas 219 vagas no setor, e a Grande Florianópolis viu uma perda líquida de 165 vagas.
O resultado geral no Estado, entre os meses de novembro de 2013 e fevereiro de 2014, é muito melhor (3.292 vagas) do que quando comparado com um período completo de 12 meses (970 vagas), configurando-se uma alta sazonalidade no setor, que deve ser minimizada por meio de um plano sustentado de turismo.