Expo Milão “é mais forte do que os ladrões”
[Por Panrotas , 15/05/2014]
A frase foi dita pelo primeiro ministro italiano, Matteo Renzi. Com o gerente geral Angelo Paris na prisão Opera, assume a direção da Expo Milao Marco Rettighierie, o novo homem forte do evento. Raffaele Cantone, presidente da Anac, será responsável pela transparência administrativa da Expo 2015 em Milão.
Outra novidade: os 60 milhões de euros que deveriam ser responsabilidade da Provincia, serão agora, a partir de primeiro de junho, problema do governo federal. Para maior transparência, todos os documentos e despesas serão publicados na Internet.
Está tudo em atraso e faltam apenas 351 dias para a abertura da feira internacional, no dia primeiro de maio do próximo ano, com duração até 31 de outubro, seis meses para a visitação dos esperados 20 milhões de visitantes a Expo, cujo tema sera “Nutrire il planeta, energia per la vita”, ocupando um espaço de cerca de 200 hectares.
Por enquanto, saem dos alicerces o Palazzo Italia, um monumental edifício de 13 mil metros quadrados, seis andares, 25 metros de altura e 57,5 metros de comprimento, com 900 paineis planos e curvos e duas mil toneladas de cimento biodinâmico. Embora a oposição tenha pedido que o evento fosse anulado, por causa dos escândalos e corrupção, o ministro da política agrícola, Maurizio Martina, confirma o empenho do governo em relançar a Itália no mundo, mostrando um novo horizonte.
Apesar do desconforto, os italianos procuram fazer da Expo Milão uma vitrine de força econômica e desenvolvimento. Agora a meta é simplificar os projetos, na maioria faraônicos, como o Pavilhão Zero, dar início aos pavilhões de outras nações (60 ao todo), e acolher aos 147 países participantes. O momento é de salvar a face, sair da área de risco. A honra da Itália em jogo, é preciso não deixar a barca afundar. 25 bilhões de euros é a estimativa até 2020 em Milão e na Italia. E 199 mil pessoas trabalhando direta ou indiretamente na exposição universal. O custo será de 1,35 bilhões de euros.