Segunda rodada do seminário MICE foca na relação custo benefício
[Por Revista Eventos, 19/03/2014]
O segmento MICE é de alto poder econômico. Sua média de gastos diários três vezes maior que os U$ 68 do turista normal, o que torna esses eventos disputadíssimos internacionalmente. Na abertura do dia foi debatido o tema MICE e Iniciativa Privada, com Andréia Brum, Diretora da AB Eventos, ex-presidente da ABEOC-RS. Após alguns dados de pesquisa apresentados pela consultora e moderadora do encontro, Vaniza Schuler, Andréia ressaltou que ainda há um bom caminho a ser percorrido na necessária colaboração entre poder público e iniciativa privada, agradecendo a secretária Abgail Pereira pela realização dos debates propiciados pelo seminário.
Em seguida, apresentou um comparativo de custos entre os 7 principais destinos do Brasil. A primeira constatação é a especialização forçada do setor: empresas patrocinadoras não colocam recursos para congressos em resorts de perfil turístico, aceitando apenas locais que tenham tradição no turismo de negócios. Numa medição de custo de eventos, que envolve valores médios de passagens aéreas, hospedagem e aluguel de centros de eventos, os resultados foram: Fortaleza (R$ 131,7 mil), Curitiba (R$ 133,6), Campos do Jordão (R$ 136,1 mil), Porto Alegre (R$ 141 mil), Brasília (R$ 282,4 mil), Rio de Janeiro (R$ 304,8 mil), São Paulo 1 (R$ 436,3 mil) e São Paulo 2 (R$ 338,1 mil).
Segundo Andréia, o primeiro detalhe fundamental para a decisão é a qualidade dos serviços, pois não se consegue cuidar de detalhes quando se precisa cuidar de fornecimento básico. Diferenciais para o sucesso: hospitalidade, custo, malha aérea, valor das passagens, hospedagem econômica e, por fim, uma política do sim, e nunca a do não. Os desafios para o RS, na sua opinião, são a manutenção do apoio financeiro a congressos de natureza técnica ou de saúde. As entidades de apoio no ramo são DCIT, CAPES, CNPQ e fundações regionais de amparo à pesquisa. Em sua opinião, no geral, Governo do RS tem apoiado satisfatoriamente. Em termos municipais, ela ressaltou a questão do ISSQN: falta de padrão nacional e também um entendimento efetivo de que eventos e instituições sem fins lucrativos devem ser isentos do imposto, que na média é de 5% sobre o valor das inscrições e 5% sobre a receita obtida com a venda de estandes.