Gastos de estrangeiros superam as expectativas na Copa
[Por MTur, 17/07/2013]
O Ministério do Turismo (MTur) divulga, nesta quarta-feira (17), a segunda rodada de resultados preliminares de um levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas sobre a qualidade da infraestrutura e dos serviços turísticos da Copa das Confederações.
Realizado a pedido do MTur, o levantamento traz novidades em relação à primeira apuração. Foram analisados os dados de 7.357 entrevistados, do total de 14 mil entrevistas feitas durante os jogos.
A primeira novidade é o alto gasto médio entre os turistas estrangeiros, de R$ 4.854 durante a viagem, e de R$ 1.042 entre os turistas brasileiros. O valor inclui gastos como hospedagem, transporte e alimentação.
“É um gasto superior à média dos turistas internacionais no país, que raramente ultrapassa os R$ 2.500”, disse José Francisco Lopes, diretor do departamento de Estudos e Pesquisas do ministério do Turismo. “O turista de grandes eventos tem renda média familiar de cerca de R$ 25 mil”.
A permanência média no Brasil foi de 14,4 dias entre os visitantes de fora e de 3,3 dias entre os turistas brasileiros.
A maior parte dos turistas brasileiros da Copa das Confederações é paulista (30,2%), de acordo com a apuração. Os pernambucanos (8,3%) ocupam a segunda posição, seguidos pelos mineiros (6,7%), fluminenses (5,8%) e paraibanos (5,5%).
Entre os turistas internacionais, os mexicanos (30,9%) foram os mais presentes, seguidos pelos americanos (13,7%), uruguaios (9,2%), espanhóis (7,4%) e japoneses (7%). Vale destacar que entre os maiores emissores internacionais, os americanos são os únicos turistas sem uma seleção que os representasse nos jogos da Copa das Confederações.
“A aposta é que americanos e mexicanos estejam entre os grandes emissores de turistas para o Copa do Mundo no Brasil”, disse José Francisco Lopes, diretor do departamento de Estudos e Pesquisas do ministério do Turismo.
A Pesquisa
Os dados iniciais da primeira prévia da pesquisa se mantiveram: o grau de satisfação de turistas brasileiros e estrangeiros está acima de 50% em mais da metade dos serviços avaliados. O preço da alimentação nos estádios é considerado ruim ou muito ruim pela maior parte dos participantes (78,2%).
Os itens de infraestrutura das cidades-sede mais bem avaliados pelos turistas estrangeiros foram os serviços de transporte privado (83,1%), a limpeza das ruas (78,3%) e a segurança pública (71,7%).
Já os serviços turísticos mais bem vistos são os restaurantes (91,5%), a diversão noturna (86,2%) e o local de hospedagem (84,8%). O que mais chamou a atenção do turista nas cidades-sede foi a qualidade dos estádios, aparecendo nas três primeiras posições: qualidade dos estádios (95,3%), seguido pelo conforto de suas instalações (95,3%) e a disponibilidade dos funcionários para dar informações (89,5%).
Os turistas estrangeiros foram abordados na área restrita dos aeroportos, no retorno para seus países de origem. A maior parte do público em geral se hospedou em hotéis (58,4%) e casas de família (37,1%). O preço dos meios de hospedagem receberam aprovação da maior parcela dos entrevistados (68,4%).
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) entrevistou 14 mil pessoas, sendo 10 mil turistas brasileiros e estrangeiros nos arredores dos estádios, hotéis, estabelecimentos públicos, comércios e locais de retiradas de ingressos das seis cidades-sede e quatro mil turistas estrangeiros nos aeroportos de Belo Horizonte, Fortaleza, Brasília, Salvador, Rio de Janeiro, Recife e no aeroporto internacional de São Paulo/Guarulhos. Os dados completos consolidados serão divulgados nas próximas semanas.